

Os ministros do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia e Gilmar Mendes, foram os principais palestrantes do dia de encerramento do XVII Congresso Brasiliense de Direito Constitucional, realizado em Brasília, com apoio do Sindireceita. O evento, que contou com a participação de centenas de acadêmicos e pesquisadores do Direito Constitucional, reunindo nomes consagrados da área do Brasil e do exterior, terminou na sexta-feira, dia 28 de novembro.
O primeiro debate do dia teve como tema “Reforma Política: Interferência do Poder Judiciário”. A ministra do STF Carmen Lúcia foi a fala mais aguardada. "É de extrema importância termos como discutir a Reforma Política agora, antes de tomar qualquer atitude, pois precisamos saber qual tipo de reforma vamos querer para depois executarmos" afirmou.
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O professor da Universidade de São Paulo (USP) Elival da Silva Ramos compartilhou o debate com a ministra. O jurista tratou os aspectos gerais de da Reforma Política, do padrão de comportamento, da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal após a Constituição de 1988 e, por fim, do financiamento de campanha política. "Precisamos analisar algumas questões sobre a Reforma Política para sabermos aonde queremos chegar, já que não fazem ela de forma adequada e a gente acaba ficando sempre da mesma forma", destacou.
Ainda foram realizados dois painéis ao longo do dia: Ordem Econômica Constitucional: Cooperativismo e Desenvolvimento Social e Jurisdição Constitucional no Brasil: Perspectivas de Evolução.
O encerramento do Congresso ficou a cargo do ministro do STF, Gilmar Mendes, e do professor da Universidade de Lisboa/Portugal, Carlos Blanco de Morais. O professor lusitano falou da jurisprudência em tempos de crise, refletindo sobre os conflitos entre as medidas de austeridade do governo e o Tribunal Constitucional.
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Gilmar Mendes abordou algumas situações embaraçosas geradas pelo controle de constitucionalidade das emendas constitucionais por parte do Supremo Tribunal Federal. “No caso dos precatórios foi declarado inconstitucional o pagamento parcelado. Depois que isso acabou paralisando o pagamento dos precatórios, já que era essa cláusula que obrigava os municípios e governos estaduais a pagarem, definiu-se que enquanto não se sabia o que fazer com isso, decidiu-se que a emenda constitucional que declaramos inconstitucional voltasse a valer”, exemplificou.
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Sindireceita
O Sindireceita esteve presente no evento com um estande que expôs algumas principais bandeiras da entidade: Aduana 24h, Fronteiras Abertas e a Campanha Viva a Originalidade. O público recebeu materiais de apoio para a melhor compreensão dos temas, como a cartilha Compras no Exterior e o livro Fronteiras Abertas que, devido à grande procura, esgotou ainda no segundo dia de evento. Além disso, o estande também serviu para que o público conhecesse sobre os variados temas relativos ao trabalho dos Analistas-Tributários.
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