Personalidade - Leocádia Clara
Esta gaúcha de Porto Alegre carrega no nome a cor da pele. Por causa dos pais foi batizada    Leocádia Clara Gluszczak Arnecke. Casada, mãe de dois filhos, Gregório e Gustavo, ela se aposentou depois de 28 anos de bons serviços prestados.
Prestou concurso público no fim de 1.979 solicitado pelo Ministério do Exército. Mas para  felicidade, segundo ela, foi chamada a trabalhar no Ministério da Fazenda, mais especificamente na Receita Federal. Naquela época o cargo era Técnico em Atividade Tributária. Disputou a vaga com mais de 15 mil candidatos.  A explicação para a felicidade de Leocádia é a paixão por cálculos e números. Ingressou no Departamento de Administração do Serviço Público e trabalhou na seção Folha de Pagamento. Pela facilidade de relacionamento e comunicabilidade, em um ano e meio foi chamada para trabalhar no gabinete da Delegacia do Ministério da Fazenda, com abrangência em todo o estado do Rio Grande do Sul. Depois atuou como chefe do Setor de Pagamentos, foi membro da Comissão Permanente de Licitação e trabalhou na Divisão de Programação e Logística  Dipol, um cargo de prestígio na Receita Federal. Mas foi na Divisão de Recursos Humanos que Leocádia Clara pode desempenhar o que ela considera, seu melhor papel, o de lidar bem com as pessoas. “Foi uma época de satisfação pessoal muito grande”, afirma Leocádia. Ela conta que neste período havia muito interesse em treinamento. Teve a oportunidade de coordenar projetos de orientação para colegas de várias capitais como São Paulo e  Brasília. Ela diz que as viagens  constantes promoviam intercâmbio e integração entre os trabalhadores. “As pessoas rendiam mais porque estavam satisfeitas”, conta. Mas, ao mesmo tempo que comemora, Leocádia Clara lamenta o estado atual do órgão que está sempre em contenção de despesas e por isso não há investimentos em treinamento de pessoal. Ela discorda do excesso de preocupação com  a área técnica, e lembra que faltam recursos para a melhoria do desenvolvimento das potencialidades humanas dos TRF.
Esse sentimento de bem comum, de coletividade, despertou em Leocádia Clara a veia sindical. Ela fez parte da primeira diretoria da União Nacional dos Técnicos do Tesouro Nacional. E neste período a Unastten conseguiu a primeira sede.
Atualmente integra o Conselho Fiscal Nacional do Sindtten. Está desenvolvendo atividades de voluntariado e  diz que continua apaixonada pela área de desenvolvimento humano. Católica praticante, ela resume a matemática da vida numa frase:
“ Ganhar sempre mais para poder dividir, cada vez mais”.