Técnicos realizam ato em defesa da Receita Federal

Técnicos realizam ato em defesa da Receita Federal

Mobilização reuniu mais de 250 servidores na Esplanada.
Manifestação foi encerrada com um abraço ao prédio do Ministério da Fazenda.

       

Um abraço no prédio do Ministério da Fazenda encerrou o ato público, organizado pela diretoria do  Sindicato Nacional dos Técnicos da Receita Federal (SINDTTEN), em defesa da Receita Federal. A manifestação, realizada no dia 17 de outubro, reuniu mais de 250 pessoas entre técnicos e servidores. O protesto foi um ato público em favor da Receita Federal e em apoio aos mais de 20 mil funcionários que acabaram sendo atingidos pela crise que envolveu a Corregedoria Geral (COGER) e a Secretaria Nacional da Receita Federal.
O presidente do SINDTTEN, Reynaldo Puggi, falou da importância da Receita Federal para o desenvolvimento do País, e os riscos envolvidos no enfraquecimento institucional da Receita. “Não podemos permitir que denúncias transmitidas à sociedade de forma equivocada manchem,  essa que é uma das mais respeitadas instituições do País”, analisa. Puggi defendeu o fortalecimento da Receita Federal, que em sua opinião, é fundamental para o processo de desenvolvimento do País. Ele lembrou que para a implantação do seu projeto de governo o PT necessita de todo o apoio da Receita Federal e de seus servidores. “Sem a solidificação desse setor não será possível, para nenhum governo, cumprir com as metas de arrecadação tributária, e por conseqüência controlar as contas nacionais”, acrescenta.
A mobilização em frente ao Ministério da Fazenda contou com a presença de delegados sindicais de vários Estados. A TRF aposentada Leocádia Clara Gluszczak Arnecke, da DS de Porto Alegre, veio a Brasília, e engrossou o coro em favor da instituição. Para ela, é preciso solidificar cada vez mais a Receita Federal. “Temos uma instituição séria e respeitada, e é fundamental que essa credibilidade cresça ainda mais”, analisa. Ela comemorou o fim da crise, que classificou como superficial. “Esse é um episódio superado, que serviu apenas para mostrar a sociedade que na Receita Federal não existe corrupção generalizada como queriam fazer crer alguns poucos”, diz.
Mais do que um ato em favor da Receita Federal, a mobilização foi uma demonstração de solidariedade a todos os funcionários afirma o TRF Eude Pessoa. “Foi bom termos feito isso para mostrar à sociedade, e aos contribuintes que a Receita Federal é uma instituição que inspira confiança. Não há e nunca houve conivência dentro da Receita com a corrupção e é isso que tem que ficar claro. O nosso trabalho e os resultados da Receita dependem de sua credibilidade que não pode ser abalada por nada”, diz.
O presidente da DEN, Reynaldo Puggi, destacou, mais uma vez, que a categoria sempre defenderá a apuração de denúncias de irregularidades envolvendo servidores do Órgão, mas sem a indevida exposição de pessoas ou da instituição. Em seu discurso, Puggi lembrou que parte da mídia vinha veiculando matérias comprometendo toda a instituição e  passando uma impressão equivocada à sociedade. “Os 15 mil Auditores-Fiscais e Técnicos da Receita Federal e os cinco mil servidores do PCC, mesmo recebendo uma remuneração reduzida, são funcionários honrados e éticos que não toleram corrupção ou desvios funcionais. Os Técnicos ganham a metade dos vencimentos de um Agente da Polícia Federal, os Auditores-Fiscais ganham 30% menos que um Delegado da Polícia Federal, mas mesmo prejudicados em nossos salários trabalhamos com muita dedicação e afinco”,  declarou.
Repercussão
Em documento distribuído a imprensa, a direção do SINDTTEN ressaltou que sempre defendeu a existência de uma Corregedoria independente e atuante, e que sempre apoiou toda e qualquer investigação, garantindo o contraditório e a ampla defesa, que apure desvios de conduta dos servidores. O SINDTTEN, no entanto,  deixou claro que repudia a forma desrespeitosa com que a instituição Receita Federal vinha sendo apresentada à sociedade brasileira. “Os casos de corrupção precisam ser investigados e os envolvidos exemplarmente punidos, como já ocorreu por diversas vezes no passado”. Puggi lembrou ainda que toda a categoria lutou para a criação de uma Corregedoria eficiente, mas imparcial. “A nossa COGER foi durante muitos anos um verdadeiro modelo para o serviço público. Hoje, percebemos que em algum momento, algo importantíssimo se perdeu.  Somos mais de vinte mil servidores, pessoas que desempenham suas funções de forma honrada e ética, que não podem ter suas imagens manchadas por conta da atuação de poucos servidores desonestos ou por comportamentos inadequados de quem quer que seja”, diz.