A Gazeta - MT
O ministério da Saúde, Alexandre Padilha, não considera prioritário o aumento de preços do cigarro no país. Apesar de a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmar que a estratégia é valiosa para reduzir o número de novos fumantes, sobretudo entre jovens, o ministro afirmou ser mais importante agora combater a PIRATARIA. O valor cobrado pelo produto no Brasil é um dos mais baixos do mundo.
"Não adianta mexer no preço sem medidas fortes de combate à PIRATARIA", declarou, ao sair de evento na Organização Pan-Americana da Saúde para lembrar o Dia Mundial sem Tabaco. A afirmação desagradou médicos e representantes de entidades de prevenção ao tabagismo, que, historicamente, defendem uma mudança de política de preços para o produto no Brasil. "Todas as medidas tributárias que foram tomadas tiveram um caminho efetivo. O fundamental agora é o combate à PIRATARIA", repetiu.
Na avaliação do ministro, o comércio ilegal do produto contribui, por exemplo, para o alto índice de fumantes entre brasileiros de mais baixa renda. O mercado da PIRATARIA, justificou, levaria a população a encontrar o produto com preços mais baixos e com embalagens que desrespeitam as normas de advertência feitas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Cerca de 18% da população com menos de 8 anos de escolaridade é fumante, porcentual que está acima da média nacional, de 15%. Entre população com mais de 10 anos de estudo, 10% são fumantes.