Jornal de Brasília/DF - Coluna Cláudio Humberto – 3 de fevereiro de 2012
A situação do ministro Guido Mantega (Fazenda) se deteriorou ontem, com a revelação de que ele conhecia há pelo menos um ano denúncias de corrupção contra o subordinado Luiz Felipe Denucci, presidente da Casa da Moeda, e nada fez. Sabia que a Receita e a Polícia Federal investigavam o suposto pagamento de US$ 25 milhões em propinas para Denucci, e também foi avisado pelo PTB, por carta, há um ano. O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) quer convocá-lo a se explicar.
Soube de véspera - Dilma ficou irritada quando soube, ainda em Cuba, que o caso Mantega seria noticiado. Seus assessores apostaram na demissão do ministro.
Insubordinação - O deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) irritou o governo ao defender a convocação de Mantega. Seu irmão, Geddel, é dirigente da Caixa.
Panos quentes - Tentando conter a repercussão, Mantega se reuniu com próceres da TV Globo e de outros veículos, para minimizar sua atitude omissa.
Prioridade - Esta coluna revelou há dois meses que Mantega tentou deixar o cargo após diagnóstico de câncer de sua mulher. Queria se dedicar só a ela.