Trabalhadores do serviço público de todo o país irão fazer uma paralisação massiva, nesta quarta-feira (25), exigindo do governo federal a valorização de seus salários. No total, 31 entidades sindicais - entre elas a CTB - apoiam o movimento, que deve ser o primeiro passo de uma campanha de mobilização de toda a categoria.
Para João Paulo Ribeiro (JP), secretário do Trabalhador do Serviço Público da CTB, o Dia Nacional de Lutas marcado para esta quarta-feira será um grande teste para a categoria. "O tamanho da nossa vitória será o tamanho de nossa luta.
As repartições serão fechadas em todo o país. Queremos inviabilizar que qualquer espaço público seja aberto. É um absurdo o que está acontecendo. O governo investe em diversas áreas, mas três anos sequer conversa conosco", afirmou.
JP, que também é dirigente da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra), lembra que durante os primeiros anos do governo Lula houve alguns avanços, mas no período mais recente o funcionalismo público tem estado à míngua. "Posso dar o exemplo da Fasubra: lá não temos reajuste real há três anos", destaca.
Na opinião do dirigente, além da desvalorização dos trabalhadores do serviço público, o resultado dessa política do governo federal é alta rotatividade que tem sido vista. "O profissional acaba ficando pouco tempo no cargo. Como não é valorizado, ele acaba prestando outros concursos", explica JP. Melhorias para a sociedade A organização do Dia Nacional de Paralisação, da qual a CTB participa, divulgou um documento no qual explica os motivos do protesto. Segundo as entidades, o governo federal tem se mostrado pouco disposto a conversar com as 31 entidades que articulam o movimento.
"Sempre com um discurso de austeridade imposto pela crise internacional, até o momento o governo tem dito 'NÃO' a todas as demandas urgentes apresentadas pelos servidores para garantir melhorias e consequentemente qualidade no atendimento público", diz o texto.
"Tratados até agora com descaso no processo de negociações com o governo, os servidores públicos precisam reagir e lutar se quiserem ver atendidas suas demandas mais urgentes. Demandas que são a ponte para se alcançar as melhorias de que o setor público tanto necessita", dizem as entidades, que nesta terça-feira seriam recebidas por representantes do Ministério do Planejamento, em Brasília. (Fonte: Portal CTB)