Servidores federais realizaram protesto na Capital, em frente ao Ministério da Fazenda, e no país. No Incra, houve paralisação.
Servidores federais dos três poderes promoveram ontem nova mobilização nacional em todos os estados do Brasil. É a terceira paralisação do ano.
No Rio Grande do Sul, o ato ocorreu em frente ao Ministério da Fazenda. Durante a tarde, houve a paralisação dos servidores do Incra, alguns setores administrativos da RECEITA FEDERAL e trabalhadores do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional no Rio Grande do Sul.
Conforme o secretário-geral do Sindicato dos Servidores Federais, Marizar de Melo, a participação dos servidores é positiva. "Caso percebamos que não teremos uma resolução acordada em tempo hábil de termos nossos direitos assegurados - o prazo para apresentar proposta que envolve orçamento de 2013/2014 termina dia 31 de agosto -, vamos partir para um movimento que organize a greve geral", destacou.
Por enquanto, o diálogo segue em reuniões. Na segunda-feira, as 31 entidades de servidores federais se encontraram com o secretário de Relações do Trabalho do Ministério Público, Sérgio Mendonça, e apresentaram as reivindicações: reajuste salarial de 22,08%, referente à inflação calculada pelos servidores de 2008 até hoje, e unificação da extensão da lei 12.277/2010, que concedeu aumento de salários apenas para os cargos de estatísticos, geólogos, economistas, arquitetos e engenheiros. "Queremos reajustes também para os níveis intermediário e auxiliar, além dos outros cargos", apontou Marizar. Hoje, os servidores se reúnem novamente.
Já os trabalhadores do Incra e do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) também paralisaram as atividades ontem para cobrar retorno da pauta de reivindicações entregue, dia 3, ao ministro Pepe Vargas. Segundo o presidente da Associação Nacional dos Engenheiros Agrônomos do Incra (Assinagro), Ricardo Pereira, a ação, em Brasília, e nas delegacias regionais, visa sensibilizar o governo para a recuperação de salários e para a contratação de pessoal. Segundo Pereira, a paralisação se encerra hoje, mas pode ser retomada.