Agazeta.com - 22 de maio de 2012
Agentes da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal (PRF) e analistas tributários da Receita Federal vão fechar o cerco nas fronteiras. O serviço faz parte da operação-padrão que acontecerá em todo o Brasil na quarta-feira, 23, em protesto por falta de equipamentos de trabalho, infraestrutura nos postos e por maior contratação de pessoal.
No Acre, a operação-padrão ocorrerá no posto da Aduana, no município de Epitaciolândia, cerca de 240 quilômetros de Rio Branco. O município faz fronteira com a Bolívia e estar distante poucos quilômetros do Peru.
Agentes e analistas tributários farão a fiscalização das pessoas que cruzarem a fronteira, nos veículos e mercadorias. Esses servidores formam a linha de frente nas ações de fiscalização, vigilância e repressão ao contrabando, pirataria, tráfico de drogas, armas e munições na faixa de fronteira do Brasil.
Além da repressão e fiscalização, esses mesmos servidores atuam em atividades como migração, controle de mercadorias, despacho de importação e exportação, atendimento a turistas, combate ao tráfico de menores, ao crime ambiental e no socorro de vítimas de acidentes e controle de trânsito em rodovias.
Em alguns postos de trabalho o número de servidores é insuficiente para atender a demanda. Em alguns locais há apenas um servidor para executar todos esses serviços. Em todo o Brasil são apenas 108 unidades de postos nas fronteiras. Sendo 31 postos da Receita Federal, 18 da Polícia Federal e 59 unidades da Polícia Rodoviária Federal.
Para o Sindicato dos Servidores da Polícia Federal no Acre, a fronteira não é prioridade do governo federal.
Outro ponto levantando pelos agentes e analistas tributários é a criação da Indenização de Fronteira, que tem por objetivo incentivar os servidores a permanecerem trabalhando na fiscalização dessas áreas. O governo federal mostrou-se favorável à reivindicação, mas nenhum acordo ainda foi concretizado.