Cerveja, refrigerante e água podem ficar até 5% mais caros em 2012, diz setor

br.noticias.yahoo.com - 01 de Junho de 2012

Ainda este ano, o preço das bebidas frias, como água, refrigerante, isotônico e cerveja, vão sofrer um aumento de até 5%, refletindo o aumento do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) - recentemente anunciado pelo governo.

A previsão é do presidente da Abir (Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas Não Alcoólicas), Herculano Anghinetti, que ressalta que o aumento das alíquotas é negativo tanto para o setor quanto para o consumidor.

Contrapondo as previsões da Abir, na última quinta-feira a Receita Federal informou que o preço dos produtos deve sofrer alta de 2,85%, por conta do IPI.

Círculo vicioso

Anghinetti explica que as empresas que fazem parte da indústria de bebidas frias estão fazendo seus cálculos, mas, inevitavelmente, o aumento do imposto vai ser repassado para o consumidor. “As fabricantes não têm margem para absorver um custo desse”, explica. O imposto implica em um aumento de R$ 3 bilhões em arrecadação.

O presidente ainda explica que o aumento é ruim para toda a sociedade, pois dá início a um problema estrutural. “Com o aumento do imposto, as empresas repassam para o consumidor; O aumento nos preços faz as vendas caírem, com queda nas vendas a receita das empresas também cai o que pode motivar corte de investimentos e até de mão de obra”.

Pequenas empresas

Mas não só as grandes empresas do setor que serão impactadas. O decreto que trata do aumento do IPI também estipula o fim da isenção de 50% do IPI de bebidas a base de frutas. Antes da medida, os produtos que continham suco de frutas na sua fórmula tinham tal isenção.

Essa medida vai afetar, principalmente, os pequenos produtores de todas as regiões do país. “As pequenas empresas vão sofrer muito mais com isso”, diz. O que acontece é que esse tipo de produto - a base de suco de frutas - é parte muito importante da receita das pequenas empresas, “corresponde a mais de 70% do mix de produtos”, diz Anghinetti. Nas grandes empresas, esses produtos já não têm tanta representatividade.