A defesa do diretor-executivo do Banco BTG Pactual, André Esteves, preso ontem (25), em mais uma fase da Operação Lava Jato, pediu a revogação da prisão ao Supremo Tribunal Federal (STF). Esteves está preso na Superintendência da Polícia Federal, no Rio de Janeiro, onde cumpre prisão temporária de cinco dias, que podem ser prorrogados por mais cinco.
O advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay, afirma que André Esteves não participou de reuniões para evitar que o ex-diretor da Área de Abastecimento da Petrobras, Nestor Cerveró, firmasse um acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF).
De acordo com a Procuradoria-Geral da República, que solicitou as prisões, o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) prometeu à família de Cerveró pagamento de R$ 50 mil mensais para que o ex-diretor não assinasse acordo com o Ministério Público ou não mencionasse o senador e André Esteves em um possível acordo. "André Esteves, agindo em unidade de desígnios e conjugação de condutas com o congressista, arcaria com os ônus do auxílio financeiro, haja vista seu interesse em que o acordo de colaboração premiada não fosse assinado", diz o pedido de prisão.
Mais cedo, o advogado de Delcídio disse que está inconformado com a decisão da Segunda Turma do Supremo, que manteve a prisão do parlamentar. De acordo com Maurício Silva Leite, a Constituição não autoriza a prisão processual de um congressista.