Gazeta Web - 11 de agosto de 2016
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, negou ontem que a equipe econômica esteja perdendo força no governo após a aprovação na terça-feira pela Câmara dos Deputados do projeto de renegociação das dívidas dos Estados com a União sem todas as prerrogativas pretendidas inicialmente por ele.
Meirelles voltou a frisar que o ponto considerado crucial para o ajuste fiscal dos Estados, que é o teto para o crescimento dos gastos, foi mantido no texto que segue agora para o Senado.
´Todo o ajuste fiscal tem como medida central o teto para o aumento do gasto. Essa é a contrapartida fundamental. Estamos em trajetória firme e o item fundamento do projeto - que é o teto - está sendo aprovado´, argumentou Meirelles.
´O projeto terá sucesso porque mantém suas condições fundamentais´, completou.
Questionado pela imprensa, Meirelles voltou a minimizar a retirada pelos parlamentares do dispositivo que proibia aos governos estaduais concederem reajustes de salários aos servidores pelos próximos dois anos. ´Os governadores terão prerrogativa para mandarem projetos de reajuste, desde que caibam no teto de aumento do seus orçamentos´, avaliou.
Para o ministro, é natural que o Congresso discuta e altere pontos dos projetos enviados pelo Poder Executivo. Segundo ele, isso só não ocorreria em uma ditadura. ´Vivemos em uma democracia e o Congresso tem prerrogativa para tomar decisões. Estamos no caminho certo e vamos continuar participando do debate democrático´, concluiu.