Aumento emergencial dos gastos públicos para enfrentar a crise da pandemia causará um déficit primário no País
14/10/2020 | 11:34
Correio do Povo e AE
O aumento emergencial dos gastos públicos adotado pelo governo para enfrentar a crise causada pelo novo coronavírus deve levar o Brasil a registrar um déficit primário até 2025, quando atingirá um resultado negativo de 0,1% do Produto Interno Bruto (PIB). As informações foram fornecidas nesta quarta-feira pelo Fundo Monetário Internacional no documento Monitor Fiscal.
De acordo com o Fundo, o déficit primário, que representa o resultado entre os gastos do governo e a sua receita, sem levar em conta as despesas com juros da dívida pública, deve saltar de um resultado negativo, como propõe o PIB, de 1% em 2019 para 12% em 2020. Em abril, o FMI estimava que o déficit primário neste ano atingiria 5,2% do PIB.
Até o ano de 2013, o Brasil vinha acumulando superávits primários. Esses resultados foram importantes para reduzir a dívida pública e para mostrar aos investidores que o País estava com as contas sob controle. Exatamente por isso, o Brasil recebeu um selo de grau de investimento das agências de classificação de risco.
A partir de 2014, a condição do Brasil se inverteu, com o País perdendo o selo de bom pagador principalmente por conta do quadro de descontrole de gastos. A perda da classificação afastou investimentos externos. Caso as projeções do FMI estejam corretas, o governo brasileiro irá acumular uma sequência de 12 anos com gastos maiores do que as despesas.
Mesmo com a melhora do quadro econômico brasileiro, em que o PIB passará de uma queda de 5,8% em 2020 para crescimento de 2,8% em 2021, haverá redução de gastos públicos. No entanto, ainda será registrado um nível elevado de despesas.
14/10/2020 | 11:34
Correio do Povo e AE
O aumento emergencial dos gastos públicos adotado pelo governo para enfrentar a crise causada pelo novo coronavírus deve levar o Brasil a registrar um déficit primário até 2025, quando atingirá um resultado negativo de 0,1% do Produto Interno Bruto (PIB). As informações foram fornecidas nesta quarta-feira pelo Fundo Monetário Internacional no documento Monitor Fiscal.
De acordo com o Fundo, o déficit primário, que representa o resultado entre os gastos do governo e a sua receita, sem levar em conta as despesas com juros da dívida pública, deve saltar de um resultado negativo, como propõe o PIB, de 1% em 2019 para 12% em 2020. Em abril, o FMI estimava que o déficit primário neste ano atingiria 5,2% do PIB.
Até o ano de 2013, o Brasil vinha acumulando superávits primários. Esses resultados foram importantes para reduzir a dívida pública e para mostrar aos investidores que o País estava com as contas sob controle. Exatamente por isso, o Brasil recebeu um selo de grau de investimento das agências de classificação de risco.
A partir de 2014, a condição do Brasil se inverteu, com o País perdendo o selo de bom pagador principalmente por conta do quadro de descontrole de gastos. A perda da classificação afastou investimentos externos. Caso as projeções do FMI estejam corretas, o governo brasileiro irá acumular uma sequência de 12 anos com gastos maiores do que as despesas.
Mesmo com a melhora do quadro econômico brasileiro, em que o PIB passará de uma queda de 5,8% em 2020 para crescimento de 2,8% em 2021, haverá redução de gastos públicos. No entanto, ainda será registrado um nível elevado de despesas.