Para deputado da Frente Parlamentar em Defesa do Serviço Público, a principal discussão ficará por conta dos cortes nos salários
03/01/2021 04:00 - atualizado 03/01/2021 08:13
O presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Serviço Público (Servir Brasil), deputado Federal Israel Batista (PV-DF), garante que o diálogo é bem-vindo em temas convergentes, mas ainda vai haver muita discussão em pontos sensíveis, como redução de jornada e salário de 25%, por exemplo.
“A expectativa de corte de renda traz muitas incertezas. É um grande obstáculo. As pessoas já começam a deixar de gastar preventivamente, o que traz resultados drásticos para um país em meio à crise econômica causada pela pandemia”, lembra.
Ele cita estatísticas que apontam que, em Brasília, por exemplo, de cada R$ 100 que movimentam a economia, R$ 35 vêm de servidores públicos. A prioridade, para o parlamentar, é a reforma tributária, desde que ela inclua a taxação de lucros e dividendos.
“Temos que acabar com a injustiça tributária. Hoje, a classe média paga 27,5% de Imposto de Renda. Mas quem ganha acima de 40 salários mínimos é taxado somente em 3%. A tributação no Brasil é grande, o problema é que é mal distribuída”, comenta.
“Temos que acabar com a injustiça tributária. Hoje, a classe média paga 27,5% de Imposto de Renda. Mas quem ganha acima de 40 salários mínimos é taxado somente em 3%. A tributação no Brasil é grande, o problema é que é mal distribuída”, comenta.
O deputado Israel Batista não crê que o governo consiga avançar na reforma administrativa antes da reforma tributária.
“A pressão vai ser grande. Afinal, a aprovação do presidente Bolsonaro, embora esteja em alta, ela só é maior que a de Fernando Collor à beira do impeachment. Se ele não fez, como queria, as maldades, em seu primeiro ano de governo, agora, vai ser difícil. E no primeiro ano, o presidente Bolsonaro sequer sabia negociar com o Congresso. As reformas do ministro da Economia, Paulo Guedes, fracassaram”, reforça.
“A pressão vai ser grande. Afinal, a aprovação do presidente Bolsonaro, embora esteja em alta, ela só é maior que a de Fernando Collor à beira do impeachment. Se ele não fez, como queria, as maldades, em seu primeiro ano de governo, agora, vai ser difícil. E no primeiro ano, o presidente Bolsonaro sequer sabia negociar com o Congresso. As reformas do ministro da Economia, Paulo Guedes, fracassaram”, reforça.