Nesta semana, o presidente do Senado, José Sarney, deve voltar ao trabalho. Entre seus compromissos está uma reunião com os líderes partidários para montarem uma estratégia destinada a convencer os deputados federais a votarem, ainda no período da convocação extraordinária, a proposta de emenda a Constituição n°77- a PEC Paralela da reforma da Previdência, que tramita na Câmara com o número 227/04.
Para o líder do PFL, senador José Agripino (RN), Sarney deveria falar com o presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT/SP), sobre o assunto, lembrando aos deputados do PT que a aprovação naquela Casa do texto integral aprovado no Senado é um compromisso do presidente Lula e do líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP).
O senador Paulo Paim observou que será "um escândalo" não votar a emenda constitucional até 13 de fevereiro. Paim advertiu que "não conseguirá conviver no mesmo espaço com quem trair uma proposta como essa".
Já os deputados se recusam a apenas homologar o que os senadores decidiram. Por isso, fazem questão de debater a PEC Paralela. ??Teremos aqui a mesma boa vontade que os senadores tiveram com a reforma. Mas isso não quer dizer que vamos acatar as coisas erradas existentes na proposta??, afirmou o vice-líder do governo na Câmara, Professor Luizinho (PT-SP).
O deputado Maurício Rands (PT/PE) vai apresentar seu parecer à PEC paralela da reforma da Previdência na próxima quarta-feira (28), na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara.