Solenidade de posse em Itajaí-SC

Conjuntura política do País prejudica apresentação da tabela

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O coordenador-geral de Negociação e Relações Sindicais, Idel Profeta Ribeiro, destacou que, mesmo com o cenário de mudanças na estrutura econômica e na estrutura política do País, as negociações serão mantidas.

O diretor de Aposentados e Pensionistas do Sindireceita, Hélio Bernades, cobrou coerência nas negociações. ?Em momento algum houve a vinculação da CPMF a nossa negociação, mas sim ao quadro político que o País atravessava. Não vejo justificativa nenhuma para não se apresentar uma tabela. Além disso, não temos que discutir pontos que já foram acordados nessa mesa como a questão do subsídio. Isso seria um retrocesso. Demos o prazo para a votação da CPMF, agora ao invés de somar, o governo está nos jogando num abismo?, analisou.

Ribeiro afirmou que a conjuntura política interfere no processo de negociação. ?Ontem aconteceu um fato político relevante?, disse. Conforme os representantes do Planejamento, a negociação fechada com a AGU (Advocacia -Geral da União) também não será encaminhada mais ao Congresso Nacional nesse momento porque não há conjuntura política para isso.

Uma nova reunião ficou agendada para a próxima quinta-feira (20), às 19h. Até lá, espera-se que o governo já tenha uma análise mais concreta sobre os fatos desta semana.

dias 11, 12 e 13

Até o momento, a maioria dos ATRFB que compareceram as AGNU votaram a favor da  instituição de fundo extra. De acordo com o resultado parcial, 75,25% dos votos foram pela aprovação do indicativo 1. Os votos apurados até o momento, 72,04%, também indicam que o valor de desconto mensal do Fundo Extra será de 0,5% sobre a remuneração.

Veja aqui a apuração parcial. 

Rejeição da CPMF deve afetar a economia em 2008 e promover mudanças na articulação política

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O Governo foi derrotado no Senado na votação da prorrogação da CPMF por sua inabilidade na negociação, afirma o cientista político e professor da Universidade de Brasília (UNB) David Fleischer. Em sua avaliação, o ministro da Fazenda, Guido Mantenga, é um dos responsáveis pela inabilidade na condução do processo com os senadores da oposição. ?Com certeza o Ministério da Fazenda, principalmente, e o da Saúde saem arranhados com esta derrota?, destacou. Fleischer foi o entrevistado do programa Receita de Cidadania, que é apresentado pelo presidente do Sindireceita, Paulo Antenor de Oliveira.

Durante o programa, o professor fez uma avaliação do ano e destacou que, com a derrota no Senado, o governo precisará rever sua estratégia na Casa, se quiser, em 2008, dar andamento a reformas importantes, especialmente a Tributária, que passa a ser ainda mais essencial após a rejeição da PEC 89/2007, que prorrogava até 2011 a cobrança da CPMF. ?Na Câmara ficou provado que o governo tem ampla maioria, mas no Senado a margem é apertada e a bancada governista constitui uma maioria frágil, o que vai exigir mudanças na condução política para 2008?, disse.

David Fleischer destaca ainda que o governo não foi o único derrotado com a derrubada da PEC. Ele lembra que os governadores do PSDB, especialmente, Aécio Neves, de Minas, e José Serra, de São Paulo, se envolveram na discussão e solicitaram apoio à proposta, mas não foram atendidos pela bancada tucana. ?A rejeição da proposta também vai exigir mudanças nos orçamentos da União, de todos os Estados e municípios. Os impactos ainda não são conhecidos, mas com certeza o governo deverá rever os repasses?, destacou.

No campo econômico, Fleischer lembra que a repercussão internacional da rejeição da proposta pode atrasar o reconhecimento do País como grau de investimento, definido por agências de risco internacionais que orientam investidores. ?Essa fatura também será cobrada dos tucanos e mesmo da Fiesp, que de forma equivocada entrou na discussão. Com certeza, a rejeição da proposta muda a perspectiva para a economia em 2008, que pode não superar os bons resultados deste ano?, avaliou.

A redução de recursos também deverá comprometer as negociação dos servidores públicos com o governo e pode, inclusive, na avaliação de professor, impedir a abertura de novas vagas para concursos. ?Ainda é muito recente, mas a perda desses recursos certamente vai dificultar o andamento das negociações de reajustes salariais dos servidores e abertura de novas vagas?, destacou.

A entrevista com o cientista político e professor da Universidade de Brasília (UNB) David Fleischer irá ao ar pela TV Comunitária de Brasília/DF, canal 8 da NET, no sábado, dia 22 de dezembro, às 19h domingo, dia 23, às 17h e segunda, 24, às 19h. O programa também pode ser visto na web pelo seguinte endereço: www.tvcomunitariadf.com.br.