A Diretoria Executiva Nacional do Sindireceita voltou a cobrar do governo a definição sobre o reajuste salarial da categoria. Em reunião realizada na última terça-feira, dia 29 de novembro, representantes do Sindireceita discutiram com o secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (SRH/MPOG), Duvanier Paiva, a retomada das negociações e a necessidade urgente de definição de um cronograma específico para a pauta salarial. 

A presidenta do Sindireceita, Sílvia Helena Felismino, lembrou ao secretário que neste primeiro ano do governo Dilma a categoria priorizou o debate sobre atribuições, mas que em 2012 a pauta central volta a ser o reajuste. O diretor Parlamentar do Sindireceita, Hélio Bernades, acrescentou que é necessário que o processo de negociação possa ser iniciado o mais breve possível. “Caso contrário vai ser difícil segurar a base. Precisamos estabelecer um processo de negociação o quanto antes e que atenda um período maior de 3 a 4 anos. Essa negociação precisa começar logo no início de 2012 para que no momento do envio do orçamento ao Congresso a proposta possa ser contemplada”, adiantou. A reunião também contou com as presenças do Diretor da DEN, Sérgio de Castro e do assessor especial da Diretoria Rodrigo Thompson. 

Duvanier Paiva disse que o governo retomará as negociação de reajustes a partir de fevereiro de 2012, com previsão de implementação dos acordos firmados a partir de 2013. Paiva disse ainda que existe a possibilidade de haver reajuste em benefícios como auxílio alimentação e saúde no próximo ano. “Tudo que é custeio e não gasto de pessoal existe possibilidade, mas só vamos ter condição de discutir em fevereiro”, disse. O secretário destacou que a crise internacional impede que o governo assuma compromissos de médio prazo com gasto corrente. “A ideia é que 2013 tenha uma previsão de reajuste. Temos dito a todos que só vamos tratar de qualquer tema que tenha impacto orçamentário a partir de meados de fevereiro”, disse.

Os diretores do Sindireceita aproveitaram a reunião também para registrar a indignação dos Analistas-Tributários com o passividade do governo e para reforçar que, no próximo ano, o tom das cobranças, caso não haja celeridade nas negociações, será elevado com mobilizações por todo País. A direção do Sindicato reforça sua total disposição e interesse no diálogo, mas também reafirma sua capacidade de enfrentamento caso seja necessário. Os Analistas-Tributários aguardam uma posição concreta do governo. O Sindicato seguirá atento e continuará atuando para que o próximo reajuste salarial da categoria reflita todo o empenho e dedicação que os ATRFB tem com o País.