O coordenador-geral de Tecnologia e Segurança da Informação da Subsecretaria de Gestão Corporativa da Receita Federal (COTEC/SUCOR), Juliano Brito da Justa Neves tratou das inovações tecnológicas no órgão na tarde desta segunda-feira (29) durante a XVI Assembleia Geral Nacional (AGN) Ordinária/Congresso Brasileiro dos Analistas-Tributários da Receita Federal do Brasil. O diretor de Tecnologia da Informação (DTI) do Sindireceita, José Carlos Mazzei abordou as inovações tecnológicas no Sindicato. O presidente do Sindireceita, Geraldo Seixas e o presidente do Conselho Nacional de Representantes Estaduais (CNRE) Gerônimo Sartori também participaram da mesa.
Juliano Brito da Justa Neves falou sobre os desafios enfrentados pela Receita Federal dentro do contexto da pandemia e as mudanças tecnológicas implementadas para dar o suporte necessário aos servidores que migraram para o trabalho remoto, como a adequação dos contratos Serpro e Dataprev. “Apesar de todos os problemas que surgiram, penso que nos saímos bem. No início da pandemia, em cerca de duas semanas nós conseguimos migrar 40 mil estações de trabalho da Receita Federal para o modo remoto,” informou. Ele destacou ainda a importância da Tecnologia de Informação da Receita Federal ter mais autonomia e a dificuldade orçamentária para implementar e dar continuidade aos projetos de inovação tecnológica. Os Delegados Sindicais e observadores questionaram o coordenador-geral sobre adequações para o retorno ao presencial, mais qualificação dos servidores que estão em home office e gerenciamento para facilitar a interação dos usuários no sistema de processos digitais da Receita Federal (e-Processo) e Projeto Farol. Os Analistas-Tributários também questionaram se existe uma previsão orçamentária para dar continuidade esses programas.
Juliano Neves foi objetivo nesse sentido: “Não existe orçamento na Receita Federal, mas eu entendo que é importante criarmos projetos, depois encontramos uma forma de conseguir apoio financeiro,” afirmou. O representante da Receita Federal explicou que o órgão dispõe de um orçamento de 67 milhões de reais para o ano que vem mas só a Suara já solicitou 180 milhões desse valor. “Nós vamos priorizar o que é mais urgente. Todos nós sabemos que esse modelo orçamentário da Receita Federal não está funcionando, e essa falta de recursos se dá em todas as áreas, ” lamentou o coordenador- da Cotec/Sucor.
Otimização das ferramentas digitais
Os Delegados Sindicais relataram também problemas encontrados no site da Receita Federal, e-chat e criticaram a carga de serviço que aumentou com o trabalho remoto. “Como qualificar essas ferramentas para otimizar nosso trabalho e não aumentar ainda mais a carga?” perguntou Maria do Carmo de Oliveira Reis, Delegada Sindical Adjunta de Palmas/TO. Ela relatou ainda a importância de melhorar a qualidade do atendimento ao cidadão. “Como encarar o contribuinte e explicar para ele o que está acontecendo?” ponderou.
Eduardo de Freitas Rocha da DS de Sete Lagoas/MG lembrou que “inovar é importante, mas manter essa inovação é difícil”. Ele observou que é preciso equilíbrio entre a implementação de novas tecnologias e uso delas: “todo dia abre um canal novo de atendimento, mas quem irá trabalhar neles? “questionou. O coordenador-geral da Cotec/Sucor, Juliano Brito Neves comprometeu-se a levar os questionamentos para a Receita Federal e encaminhar posteriormente as soluções para a Diretoria Executiva Nacional do Sindireceita.
O presidente do Sindireceita, Geraldo Seixas agradeceu a presença do coordenador-geral da Cotec/Sucor: “Julinao Neves é sempre prestativo e disponível para nos auxiliar, e quando falamos de orçamento, o importante é fortalecer nosso órgão naquilo que ele é mais sensível, através da autonomia orçamentária, ao resolvermos isso, se resolvem muitas outras questões, ”afirmou Geraldo Seixas.
Reflexos da inovação tecnológica no Sindireceita
O diretor de Tecnologia da Informação (DTI) do Sindireceita, José Carlos Mazzei apresentou um relato a respeito das inovações tecnológicas do Sindireceita, sobretudo as que precisaram ser implantadas para adequar-se às mudanças impostas pela pandemia, mas lembrou que as novas ferramentas tecnológicas envolvem tempo para as pessoas se adequarem e, sobretudo, investimento financeiro. Mazzei destacou entre as inovações realizadas, a consolidação do novo site do Sindireceita. “A migração dos dados aconteceu em maio deste ano, e foi também uma necessidade, pois o site não era atualizado há anos,” explicou. Mazzei observou que somente na semana passada o site somou 14 mil acessos.
O diretor de Tecnologia da Informação também relatou que os softwares do Sindicato foram atualizados, e implantado um processo de solução integrada que antes era sedimentada, o que permitiu resultados bastante positivos para a DFA. Além disso, adoção do aplicativo zoom como uma ferramenta adequada e barata que facilitou a realização de reuniões online, assembleias e inclusive lives durante a pandemia, “algo que era impensado até pouco tempo atrás”, afirmou. Destacou ainda a adoção da plataforma whatsapp e o telegram como meio de comunicação com os filiados, e a utilização de wodSites, que são sites paralelos ao site principal do Sindireceita, utilizado na campanha contra a reforma administrativa, e desenvolvido em parceria com a diretoria de Comunicação e as demais diretorias.
Por fim, Mazzei apresentou um planejamento de ações tecnológicas para o próximo ano, entre elas, a criação de uma Central de atendimento ao filiados; aplicativo do Sindireceita; newsletter automatizada; assembleias virtuais/híbridas; prestação de contas online das DS e CEDS; Eleição Sindical híbrida -web/presencial/correspondência. IA. “O objetivo é buscarmos soluções tecnológicas que facilitem a comunicação com nossos filiados. A tecnologia é uma ferramenta, mas são as pessoas por trás dela que nos importam,” finalizou o diretor de Tecnologia da Informação, José Carlos Mazzei.