BBC Brasil
19 de outubro
Na segunda-feira, o ministério pretende divulgar uma nova meta para o país. O aumento das exportações está relacionado principalmente à elevação dos preços das commodities (matérias primas com cotação internacional, como alimentos, petróleo e minérios). De acordo com Pimentel, os itens mais fortes da pauta de exportações em 2011 foram os mesmos dos últimos anos: commodities agrícolas e minérios.
Superavit
Embora o aumento no preço desses bens venha favorecendo o Brasil nos últimos anos, o governo tem anunciado a intenção de reduzir a participação de commodities na pauta de exportações do Brasil, já que a cotação desses produtos está sujeita a maiores oscilações nos mercados globais do que a de produtos industrializados, com maior valor agregado.
Segundo o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), entre 2007 e 2010, a participação de commodities primárias na pauta de exportações passou de 41% a 51%. O órgão aponta que, desde 2005, o Brasil perde market share (participação do país nas exportações mundiais) em todos os produtos, exceto em commodities primárias e "outros" (item que inclui petróleo).
Apesar da valorização das commodities, Pimentel afirmou que o aumento das vendas para o exterior ocorre em um cenário de dificuldades para os exportadores brasileiros – já que o real se manteve valorizado em relação ao dólar durante grande parte do ano. Além disso, a economia global passa por novo período de desaceleração.
As importações também estão chegando ao mesmo valor registrado em todo o ano de 2010. Até segunda-feira, o Brasil havia importado US$ 175 bilhões. Em 2010, importou US$ 181 bilhões. Por ora, o superavit comercial (exportações menos importações) deste ano supera o de 2010 - US$ 23 bilhões até segunda-feira passada, em comparação a US$ 20 bilhões em todo o ano passado.