Operação-padrão da Receita causa atraso em mais de 1,6 mil cargas

G1 - 29 de Novembro de 2012

A fila de caminhões que aguardam para liberar as cargas no Porto Seco de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, está cada vez maior. A lentidão na liberação das cargas é em função da "operação-padrão", realizada pelos auditores da Receita Federal. A paralisação é nacional e ocorre desde o dia 18 de junho. A principal reivindicação é por reajustes salariais.

Por volta das 9h30 desta quinta-feira (29), 875 caminhões estavam dentro do estacionamento do porto para aguardar a liberação. Outros 872 aguardavam do lado de fora para conseguir uma vaga no estacionamento. Como os veículos não podem formar filas na rodovia, aguardam em lugares isolados nas proximidades do porto.

Com a operação, o critério de fiscalização dos auditores se torna ainda mais rigoroso, o que, consequentemente, causa atraso na liberação e o aumento nas filas. A maior parte das cargas é produtos agrícolas vindos do Paraguai.

Na quarta-feira (28), os servidores aderiram a mobilização do "Dia do Desembaraço Zero". A movimentação dos servidores foi desencadeada em todos os portos secos do país e deu prioridade apenas para a liberação de cargas perecíveis.

Reivindicações

Os servidores pedem 30,19% de recomposição salarial, melhores condições de trabalho na fronteira e a contratação de novos funcionários. Em setembro o governo chegou a oferecer 15,8% de reajuste salarial fracionado em três anos, mas a categoria rejeitou a proposta, alegando que os valores não são suficientes para repor as perdas salariais.