Agência Brasil - 11 de agosto de 2015
A equipe econômica e o Senado estão empenhados em buscar uma agenda de longo prazo que trate de reformas estruturais e promova um novo ciclo de geração de empregos e de investimentos, afirmou ontem (10) o ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Durante a tarde, Levy e o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, participaram de reunião com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
Anteriormente, no início da tarde, Levy havia ido à residência oficial do presidente do Senado, mas tinha saído sem falar com a imprensa. Horas mais tarde, o ministro retornou ao local para participar da reunião com Barbosa. Os ministros de Minas e Energia, Eduardo Braga, e da Secretaria de Comunicação da Presidência, Edinho Silva, e os senadores Romero Jucá (PMDB-RR) e Eunício Oliveira (CE), líder do PMDB na Casa, também participaram do encontro.
Segundo Levy, a discussão foi bastante positiva. “Tem havido convergência no sentido de encontrar uma pauta de mais longo prazo, necessária para a economia. Precisamos olhar não só o momento atual, mas para onde queremos ir, quais as medidas estruturantes necessárias”, disse o ministro.
No encontro, o ministro recebeu um documento com uma série de sugestões dos senadores. Ele não detalhou as propostas. Informou apenas que se trata de uma agenda pós-ajuste fiscal. “Renan e outros senadores deram indicações de que estão preparando as condições para a gente entrar nessa nova fase, passando da primeira de puro ajuste fiscal, pegar algumas coisas que estamos fazendo e botar numa agenda mais formal.”
De acordo com Levy, nos próximos dias o governo e os senadores pretendem desenvolver uma agenda estruturante para dar perspectivas ao setor privado. “Queremos oferecer uma sinalização de médio prazo, de modo a dar segurança e maior confiança para a economia. A gente quer o Brasil que vai responder às mudanças, com uma economia mais competitiva e com mais empregos.”
Sobre o projeto de lei em regime de urgência que reduz a desoneração da folha de pagamento, Levy disse esperar que o tema esteja incluído na agenda estruturante. A proposta começa a trancar a pauta de votação do Senado nesta semana.