G1 - 08 de setembro de 2015
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ordenou nesta segunda-feira (7) o fechamento da passagem fronteiriça de Paraguachón, entre o estado venezuelano de Zulia e o departamento colombiano da Camponesa, para avançar na luta contra o contrabando e a violência, além de ter decretado estado de exceção em três municípios.
"Decidi, depois de um diagnóstico preciso, pelo fechamento da passagem fronteiriça de Paraguachón, no estado de Zulia, para continuar avançando no combate aos crimes de paramilitares e contrabandistas", anunciou Maduro.
O presidente informou sobre esta nova medida durante um Conselho de Ministros no palácio presidencial, no qual também assinalou que ordenou a mobilização de 3 mil soldados na região "para defender o povo de Zulia".
Essa medida é anunciada 20 dias depois do fechamento da passagem fronteiriça de Táchira, onde o estado de exceção está em vigor desde 21 de agosto, com as mesmas justificativas: combater o contrabando e a violência gerada pelo paramilitarismo.
O presidente venezuelano informou que os municípios que estarão submetidos ao estado de exceção a partir de amanhã são Guajira, Mara e Almirante Padilla e que também serão implementadas medidas especiais de restrição de passagem sobre o rio Limón.
O anúncio de Maduro foi feito depois que o mesmo notificou ter aceitado a mediação de Brasil e Argentina no conflito fronteiriço com a Colômbia e que propôs um encontro com o líder deste país, Juan Manuel Santos, "amanhã mesmo".
Mediação do atrito
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, também afirmou que aceita a mediação de Brasil e Argentina no conflito fronteiriço com a Colômbia e propôs um encontro com o chefe de Estado deste país, Juan Manuel Santos, "amanhã mesmo".
"Aceitei a mediação do governo do Brasil e da Argentina que viajaram até a Jamaica e me propuseram uma reunião em Manaus ou em Buenos Aires", disse o chefe de Estado venezuelano.
Além disso, Maduro propôs uma reunião com o presidente colombiano. "Aceite minha boa vontade de falar com o senhor, se quiser, amanhã mesmo. Se o senhor me telefonar agora, ao término deste programa, nos vemos amanhã na hora e onde o senhor quiser", disse o governante chavista durante um Conselho de Ministros.
Maduro fez esse anúncio no mesmo dia em que o presidente da Colômbia afirmou ter aceitado uma proposta do Uruguai para mediar a crise com a Venezuela e facilitar um diálogo com Maduro.