Temer chegou no início da tarde de domingo, 13, a Moscou, na Rússia, primeira etapa de uma viagem de cinco dias pela Europa. Na agenda, acordos de cooperação econômica e comercial, de energia, agricultura e defesa. A viagem já estava programada, mas cai em um momento crítico para os dois governos, membros do grupo Brics, que reúne grandes emergentes - Brasil, Rússia, Índia, China, e África do Sul.
Envolvido pela crise política e pela desaceleração econômica que resultaram no rebaixamento da nota de risco e na perda do grau de investimento pela agência de ratings Standard & Poor's, o Brasil busca ampliar o comércio exterior.
Em Moscou, a delegação brasileira tem, além de Temer - que no domingo não falou com jornalistas -, o ministro da Defesa, Jaques Wagner, a ministra da Agricultura, Katia Abreu, o de Minas e Energia, Eduardo Braga, o de Desenvolvimento, Armando Monteiro, o de Turismo, Henrique Eduardo Alves, e o da Pesca, Helder Barbalho. De todos os ministros da comitiva, quatro integram o PMDB e um o PTB - apenas Wagner é do PT.
Questionado pela reportagem sobre se a viagem não representa para Temer uma oportunidade para se apresentar à comunidade internacional, um diplomata disse não ver oportunismo.
Entre os compromissos da delegação em Moscou estão o encontro com Sergei Naryshkin, presidente da Câmara de Deputados da Rússia, nesta segunda-feira, 14, e a 7ª Reunião da Comissão de Alto Nível de Brasil e Rússia, quando Temer terá encontro com o primeiro-ministro e ex-presidente russo Dmitri Medvedev, na quarta-feira, 16. Na terça-feira, 15, o destaque é o Fórum Empresaria Brasil-Rússia. Depois de Moscou, a delegação brasileira segue para Varsóvia, na quarta