O presidente da República em exercício, Michel Temer, disse ontem (19) que os ministros da Fazenda, Joaquim Levy, e da Casa Civil, Jaques Wagner, manifestaram “preocupações” com a possibilidade de haver atraso nas votações de interesse do governo.
Após se encontrar nesta tarde, separadamente, com os dois ministros, Temer afirmou que “todos farão o possível para votar mais rapidamente essas matérias”. Todos “estão empenhados” nesse esforço, destacou o presidente em exercício.
“Nós falamos apenas da DRU [Desvinculação das Receitas da União] e repatriação [de recursos legais mantidos no exterior]. Naturalmente, [Levy e Wagner] vieram trazer preocupações referentes a eventual atraso nessas votações”, acrescentou Temer, que respondeu a perguntas de jornalistas ao deixar o gabinete da Vice-Presidência no Palácio do Planalto.
Questionado sobre a possibilidade de a crise que envolve o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), dificultar as votações, Temer, que é também presidente do partido, disse que prefere aguardar os desdobramentos da situação.
Sobre as informações que circularam na semana passada sobre um suposto pedido de demissão do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, o presidente em exercício respondeu: “acho que isso é boato”.