Líder do governo na Câmara diz que ano foi difícil, mas vitorioso para o país

Agência Brasil - 22 de dezembro de 2015

O líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), afirmou ontem (21) que, mesmo diante das crises, o Brasil teve um ano vitorioso, com a aprovação de quase todas as matérias de interesse do país, essenciais para dar “fôlego” à retomada do crescimento econômico no ano que vem. “Foi um ano duro, difícil, mas votamos quase todas as matérias relevantes para o país.”


Segundo Guimarães, a Câmara aprovou neste ano 28 medidas provisórias, a maioria sobre o ajuste fiscal, criando as condições para a retomada do crescimento da economia. "Temos de apostar que 2016 será o ano da retomada do crescimento e do fim da crise política”, disse o deputado. Ele acrescentou que, em 2015, a Câmara não derrubou nenhum veto presidencial que fosse emblemático como, por exemplo, os relativos ao reajuste dos servidores do Poder Judiciário e o da desaposentação.


Ao pregar que seja virada a página de 2015, Guimarães destacou que o Brasil precisa, no momento, de mais Estado e menos mercado. Ele disse que o Estado precisa abrir mais crédito para a economia retomar o crescimento e que, para o país sair da crise, são necessários investimentos nos setores público e privado. “O Estado precisa fazer os investimentos públicos, tendo a capacidade de fazer parcerias com o setor privado para os grandes investimentos nas obras de infraestrutura logística, social e energética.”


O líder do governo disse que chega ao fim do ano com muitas esperanças em 2016, até porque a crise política começa a dar sinais de que está caminhando para ser superada e que, na questão do pedido de impeachment, o Supremo Tribunal Federal (STF) “pôs ordem na Casa”. De acordo com Guimarães, os aliados do governo estão preparados para enfrentar a questão do impeachment na hora que vier. "A ideia do impeachment está se esvaziando”, afirmou.


José Guimarães elogiou o novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, e disse que ele está preparado para tomar as medidas necessárias para o crescimento da economia, com a geração de empregos. O líder do governo afirmou também que, em 2016, devem ser retomadas as discussões em torno das reformas política e da Previdência.