O plenário do Senado vai votar na próxima terça-feira (7) a indicação do economista Ilan Goldfajn para a presidência do Banco Central (BC). A votação no plenário ocorrerá no mesmo dia em que a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) fará a sabatina e a votação de Goldfajn para o BC. A decisão foi anunciada ontem (1º) pelo presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL). Goldfajn foi indicado pelo presidente interino Michel Temer para ocupar a presidência do banco.
Renan Calheiros disse que vai acolher uma questão de ordem para que o prazo de análise das indicações de autoridade nas comissões seja contado a partir da leitura na Mesa do Senado, e não mais a partir da leitura nas comissões, como é feito atualmente.
“É o mesmo comportamento que tivemos [na apreciação] de ministros do Supremo Tribunal Federal, na indicação do procurador-geral da República, que votamos no mesmo dia [da comissão]. Vou fazer o mesmo com o presidente do Banco Central. Essa é uma necessidade que o Senado acelere essa indicação”, disse Renan.
Na manhã de terça-feira (31), o presidente da CAE, o senador Raimundo Lira (PMDB-PB). leu o parecer favorável à indicação de Goldfajn. Lira solicitou a quebra de interstício de cinco dias, previsto no Regimento Interno do Senado, para antecipar a sabatina para hoje, mas não houve acordo. Com isso, a sessão para sabatina e votação foram marcadas para a próxima terça-feira.
O presidente do Senado ressaltou que a decisão de acelerar a votação do nome do futuro presidente da autoridade monetária do país faz parte da contribuição do Senado para superação do momento de “conturbação” no Brasil.
“Em toda crise, em toda conturbação o Senado tem deliberado e tem, sobretudo, mantido a normalidade. O Senado é fator de estabilização”, disse Renan Calheiros.