O Congresso Nacional está oficialmente de recesso parlamentar até o dia 15 de fevereiro, quando começa a primeira sessão legislativa ordinária de 2005. Durante o recesso constitucional, uma Comissão Representativa responderá pelos trabalhos da Câmara dos Deputados e do Senado. Neste período não são realizadas sessões nos plenários das duas Casas e as Comissões Técnicas também suspendem as audiências e votações de projetos.
Os trabalhos nas duas Casas serão retomados na segunda quinzena de fevereiro com as eleições para as presidências das Mesas Diretoras.
Na Câmara, o PT, que possui a maior bancada de parlamentares, escolheu no fim do ano o deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP) como candidato do partido para concorrer à presidência da Câmara.
No Senado, o presidente da Casa, senador José Sarney (PMDB-AP), declarou que o líder do PMDB, senador Renan Calheiros (AL), é hoje o nome "mais visível" para concorrer à presidência do Senado.
Indicação de Greenhalgh não agrada partidos da base aliada
O governo terá de apressar os acertos da reforma ministerial antes da eleição das Mesas Diretoras da Câmara e do Senado.
Os próprios líderes governistas admitem hoje que não dá para desvincular os dois assuntos porque os aliados estariam insatisfeitos com a escolha do deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP) para disputar a presidência da Câmara.
Os deputados do PTB, PP, PL, da base governista, estão à frente do Movimento Câmara Forte, que ameaça lançar candidato contra Greenhalgh. "Nosso candidato será lançado até o dia 17, no máximo", diz o deputado Jovair Arantes, presidente do PTB de Goiás, homem de confiança do ministro da Casa Civil, José Dirceu, um dos líderes dos rebeldes. Segundo Jovair, no caso da sucessão da Mesa todo o grupo está disposto a não seguir a orientação partidária, com o argumento de que esta questão é parlamentar. O grupo programa para a próxima semana, dia 10, uma reunião em Brasília.
Um dos articuladores da reunião, o líder do PTB, José Múcio Monteiro (PE), não esconde a necessidade de o governo começar a negociar com o partido para aprovar o nome de Greenhalgh. "O governo terá de trabalhar isto e deve saber como, já que lançou um nome que ninguém esperava", diz ele, ao antecipar que a posição de sua bancada será tomada em discussão com o presidente do PTB, deputado Roberto Jefferson (RJ).
DS Rio de Janeiro tem nova sede