Qualquer um dos Analistas-Tributários que esteja lendo esse boletim de hoje, e esperamos que seja toda a categoria, e se dispuser a ler as notícias de economia, política, segurança, saúde, educação, que circulam nos principais veículos de comunicação, pode ter uma idéia de como o país e o mundo estão se movimentando nesse momento. Todos os acontecimentos que se dão no dia-a-dia de cada um de nós, à exceção dos de caráter estritamente pessoal, têm relação com esses fatos. E essas notícias, também excetuando aqueles meios que exploram a parte da intimidade das pessoas e da desgraça humana, têm ligação com as decisões políticas.
A obrigação da diretoria do nosso sindicato é apresentar esse cenário, isento de posições ideológicas, para que os nossos filiados possam avaliar e se embasar para a tomada de decisões nos nossos fóruns políticos (e esse é o sentido da palavra política). Política significa decisão. Quando tomamos a decisão de votar em um colega para a direção da estrutura do nosso sindicato, estamos delegando a ele o controle de uma estrutura para a realização de uma tarefa de caráter coletivo. Colocamos nas mãos dessas pessoas o poder de decisão da utilização dos recursos que disponibilizamos para cumprir os objetivos decididos por toda a categoria. Então, saber decidir bem é que vai nos fazer vitoriosos ou derrotados.
Falhamos muitas vezes na comunicação com a categoria e com as nossas lideranças de base, mas temos avançado nesse aspecto. Ainda não temos a forma ideal de comunicação que nos aproxime mais, mas estamos buscando construir. E esse tema é importante que a categoria tenha bastante atenção para analisar e decidir a forma de comunicação que desejamos. Sabemos da importância estratégica da informação em qualquer estrutura orgânica da sociedade na definição de seu sucesso ou fracasso.
A Diretoria Executiva Nacional entende que existem colegas da categoria que estão Analistas-Tributários porque ainda não decidiram se vão continuar sendo. Mas, os que esse sindicato defende, e não poderia ser de outra maneira, são os que já se decidiram que farão do nosso cargo um onde as pessoas ingressem e se aposentem nele, a menos que, por sua vontade, e não falta de motivação, aspirem por alçar outros vôos. E cada membro dessa diretoria faz parte desse grupo. Esperamos que os colegas que deixarem o cargo, o façam com o sentimento de ter feito parte de uma categoria valorosa. Nenhum de nós quer pertencer a outro cargo. Isso é cristalino para cada um de nós. Não somos melhores que nenhum servidor ou empregado da Receita Federal do Brasil, mas não somos piores do que nenhum. Queremos uma carreira onde possamos exercer a nossa atividade com o máximo do nosso potencial, e não sermos segregados por possuí-lo.
É pelo aperfeiçoamento e integração desses três fatores críticos para o sucesso da categoria - da política (ou da decisão), da informação e do compromisso com a nossa causa ? que nos fortalecemos para enfrentar qualquer desafio, tanto no aproveitamento das oportunidades como no enfrentamento das ameaças.
No contexto Interno da RFB, sabemos que pouco mudou. A prática de afastar colegas de atividades concorrentes aos Auditores que caracterizem a afinidade dos cargos da carreira de Auditoria da Receita Federal do Brasil ? conforme relatos que nos chegam sobre a repercussão da Norma de Execução Nº 6 ? continua a solta. Isso revela que administradores continuam sendo influenciados pela política de seu sindicato, haja vista a enorme repercussão interna da ameaça de Mandado de Segurança contra a norma feita pelo Unafisco.
No contexto externo, ambiente onde tratamos da negociação da lei que vai definir o nosso reajuste salarial (como garantiram os Policiais Federais, com a aprovação da MP que tratou da matéria), as palavras do Ministro do Planejamento deixam clara a posição do governo: ?não temos a mínima condição de decidir aumento de servidor nesse momento de desequilíbrio? (Folha de São Paulo, 10/01/2008). Para complementar, o advogado geral da União diz que ?o governo vai entrar na justiça, alegando ilegalidade da greve e tratando da penalização de seus organizadores. Vamos cortar o ponto dos faltosos? (idem).
As entidades dos servidores públicos, acuadas pela conjuntura que sobreveio a queda da CPMF, onde os acordos que já estavam finalizados ou caminhavam para a sua finalização foram suspensos, prometem reagir, umas com mais pressa e outras com menos, dependendo da concepção de cada direção. Variando entre disputa política pura e a capacidade de ter uma melhor leitura do cenário, cada entidade vai procurando encontrar o seu ?o que fazer?.
No nosso caso específico, reuniremos a diretoria nacional nesse final de semana para avaliarmos o cenário e iniciarmos as discussões com a categoria sobre o caminho que iremos tomar. Contamos com a participação de todos os Analistas-Tributários na definição do caminho que seguiremos.
Grupo Fisco discute rumos da Campanha Salarial