O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, anunciou, ontem à noite, em reunião com o representantes do Sindireceita e das demais entidades do serviço público federal que o governo só poderá fechar qualquer tipo de negociação salarial com as categorias depois da aprovação do Orçamento no Congresso, o que deve ocorrer na primeira quinzena de março. ?Só depois que fechar o Orçamento é que vamos repactuar os prazos das negociações para seguirmos com um calendário que será cumprido. Nós estamos trabalhando para reestabelecer o equilíbrio do Orçamento?, disse. Bernardo afirmou que enquanto não tiver estabelecido esse equilíbrio, não tem como implementar os reajustes salariais. ?Se repactuarmos o prazo, temos condições de manter com os acordos. Essa é a posição do governo?.
O secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Duvanier Paiva, que também esteve presente na reunião, informou que nos próximos dias, o governo deve organizar junto com as entidades um calendário para dar prosseguimento as negociações. ?Com isso, vamos colocar na mesa o caminho que estamos querendo construir através do diálogo com as entidades?. De acordo com Paulo Bernardo, na segunda semana de fevereiro, já podem ser agendadas as reuniões para ser estabelecido o calendário.
Durante a reunião, que ocorreu no Ministério do Planejamento, em Brasília/DF, o ministro do Planejamento reiterou que está disposto a manter o diálogo com as categorias com quem ainda não foi fechado acordo formal como é o caso dos Analistas-Tributários. ?No caso da Receita Federal, a informação que tenho é que a proposta está praticamente fechada. Acho que nós não devemos mudar nada?, explicou. Dentre as propostas em andamento estão o pagamento em forma de subsídio e a equiparação salarial entre Analista-Tributário e Agente da Polícia Federal.