Uma das acusações abundantemente feitas ao governo Lula no seu primeiro mandato foi a de que ele teria um projeto de poder e não de governo. Embora hipócrita a acusação, o fato é que esta fixação pelo poder é uma doença que permeia muitos setores da nossa sociedade. Vejamos o caso da Receita Federal: qual é o objetivo comum que une os seus servidores? Não há! E não há porque o foco da política da administração é a da manutenção do poder. Ao invés de termos um corpo unido por uma missão comum, temos uma parcela de servidores que está mais interessada em parecerem os únicos protagonistas dessa missão. Apropriam-se dela pela legislação, mas não assumem a sua operacionalização. Para isso, basta ter o controle das decisões sobre as políticas do órgão para poderem ajustá-las as suas conveniências.
No movimento sindical não é diferente. As categorias de servidores públicos estão vivendo o momento mais crítico da sua história com as propostas do governo contidas no PAC e na regulamentação do direito de greve. Mas a preocupação da grande parte das direções de entidades está em controlar as decisões dos grupos para atender aos interesses da sua própria categoria.
Se tanto no âmbito da Receita Federal e dos demais órgãos de serviço público quanto das entidades não houver uma mudança radical de consciência que leve à constituição de uma unidade que compartilhe valores e unifique esforços, sempre haverá somente projetos de poder. É por isso que o princípio da legalidade, na cabeça de alguns administradores e sindicalistas, tem se sobreposto ao princípio da eficiência: é porque a norma tem que valer mais do que a realidade para que se possa controlá-la. A forma é mais importante do que o conteúdo.
Se queremos um País melhor temos que querer que os mecanismos republicanos funcionem para o bem comum e não para os bens de alguns. Esses são mecanismos que foram criados para servir à sociedade. É esta a sua missão.
Temos o compromisso em fazer com que a Receita Federal cumpra essa missão. Sempre foi por isso que lutamos. Foi para isso que nos empenhamos na inclusão do inciso XXII, do artigo 37 da Constituição, que apoiamos a criação da Super-Receita e que iremos nos empenhar nos debates que digam respeito a nossa categoria como a LOF, o PAC, a regulamentação do direito de greve e outros mais. Unidos com outras entidades, poderíamos alcançar nossos objetivos muito mais rapidamente e melhor do que isolados. Porém essa não é a realidade, nem da Receita Federal, nem dos sindicatos de servidores públicos. Teremos que contar com poucos parceiros e muito de nós mesmos.
Seria muito melhor para todos se pudéssemos construir um acordo dentro da Casa que passasse pelo seu fortalecimento, pela sua unificação e pela sua valorização. Mas esses, também, são objetivos que só conquistaremos com o engajamento de cada um neste processo. Fazendo o nosso trabalho de convencimento, a cada batalha, junto à sociedade, ao parlamento e ao governo, podemos ter certeza que, com empenho e unidade, concretizaremos os nossos objetivos.
Edital de convocação CNRE
O Presidente do Sindicato Nacional dos Técnicos da Receita Federal no uso de suas atribuições, de acordo com o artigo 33, letra B, e dos incisos X e XI do artigo 63, do Estatuto da entidade, convoca os representantes do Conselho Nacional de Representantes Estaduais ? CNRE, para comparecer à XLI REUNIÃO ORDINÁRIA, a realizar-se nos dias 31 de março e 1° de abril de 2007, em Brasília-DF, para debater e deliberar sobre a seguinte pauta:
4.Apreciação das demonstrações contábeis da Diretoria Executiva Nacional e respectivos relatório e parecer do Conselho Fiscal Nacional
5. Apreciação das demonstrações contábeis consolidadas do Sindireceita e respectivos relatório e parecer do Conselho Fiscal Nacional
6. Apreciação do relatório do Conselho Fiscal Nacional sobre os atos de gestão da Diretoria Executiva Nacional