O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai reunir os 27 governadores na próxima semana, em Brasília, para juntos protocolarem no Congresso as propostas de reforma tributária e previdenciária. A declaração foi do próprio presidente durante reunião do pleno do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social (CDES), realizada na manhã de hoje, no Palácio do Planalto.
Após o Ministro Tarso Genro instalar a mesa, com intervenção do presidente do Conselho Econômico e Social Espanhol, Jaime Montalvo Correa, o Ministro do Planejamento G o Mantega fez a apresentação do Plano Plurianual. O Ministro da Previdência Ricardo Berzoíni apresentou os pontos críticos da reforma previdenciária, para em seg a passar a palavra ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele adiantou que na próxima semana, dia 16 ou 17, encaminhará as propostas e que pretende aprovar as alterações nas regras até o final do ano, destacando que se conseguir efetuá-las o país estará avançando em cerca de 10 anos.
O presidente mandou um recado para os funcionários públicos, que ameaçam greve com a aprovação da reforma da Previdência. Ele disse que não teme o desgaste e que não vai empurrar as reformas com a barriga.
Lula admite que terá sua imagem desgastada com a discussão das reformas no Congresso, mas, mesmo contrariando setores que o apoiaram nas eleições, garantiu que não deixará de promover as mudanças.
Lula também criticou a esquerda política do país, que tem demonstrado contrariedade, especialmente quanto à reforma previdenciária. "Não é só a direita que é conservadora. Do ponto de vista das reformas, a esquerda também é conservadora", disse.
Em seg a, Lula não poupou os sindicatos. "Tanto do lado dos trabalhadores como do lado dos empresários, temos sindicatos de carimbo", concluiu. Para reverter essa situação e fortalecer os sindicatos, o presidente defendeu a realização da reforma sindical já.
Para discutir estes novos temas, o CDES já tem reuniões marcadas para os dias 12 de junho, 14 de agosto, 9 de outubro e 11 de dezembro.