Há anos vivemos na Receita Federal e no serviço público de modo geral, um drama shakespeariano. Nosso dia-a-dia é encontrar fórmulas para combater a usurpação do poder e das competências do órgão por grupos que, de modo sombrio, perpetram seu ?maquiavelismo? para obscurecer a competência e a capacidade dos que têm conseguido, com mérito, conquistar seu espaço na instituição. O que objetivam é herdar o patrimônio da viúva livrando-se dos que reclamam sua contribuição para construí-lo. Como na fábula da "Galinha dos Ovos de Ouro" a ganância ofusca a razão e aos gananciosos só sobra, ao final, a sua patética desilusão.
A entidade do contra, como uma arma nuclear a espera do dedo que a acionará, é disputada por indiferenciáveis pleiteantes a seus condutores. Embora antagônicos nas táticas, na estratégia só conseguem se dedicar a um fim: arrasar quem quer que almeje implementar uma dinâmica que seja exterminadora dos velhos vícios da Administração Tributária. Chegam até a se imiscuir nas questões internas de outros órgãos do serviço público com sua pregação elitista, buscando parceiros que se submetem a sua doutrina. Se a sociedade ganhará com as mudanças, não interessa, o que importa é que nada mude. Se os contribuinte vão ser mais respeitados, também não interessa, pois são investidos da "autoridade" emanada do poder de império. Compreendem Estado forte como Estado com força, não com eficiência.
A postura contraditória de suas facções está óbvia no digladio que ocorre no âmbito da ação movida pela dissidência da entidade do contra, a entidade do contra até os contra (aquela que representa a mudança de 360º), que pleiteia os 10%. A entidade do contra diz que a ação equipara auditores e Técnicos (isso em manchete garrafal no seu boletim) e que isso denigre a estratégia da "categoria".
A ?entidade do contra? diz que o recuo da relação remuneratória para 45% entre os cargos (objeto político da ação judicial) é um antídoto a evolução do nosso cargo, que, por incompetência das sucessivas direções, deixou de ser de 30% no período da RAV.
Deleitam-se com a profundidade a que esse debate os leva. Sim, pois o único lugar onde todos chegaremos com essa lógica impressa pelos ?contra? e seus apóstatas é para o leito do limbo (que a igreja católica definiu, recentemente como o local onde ficam as almas dos abortados). Se existe algum deleite, num sindicato de uma categoria, em levar a frente uma ação política, jurídica e em outras tantas frentes, com a natureza mesquinha explícita nesse episódio, é hora de duvidarmos da racionalidade humana. Nós já nos defendemos dessas agressões faz anos e agimos no sentido de contornar todas as pusilanimidades lançadas contra a categoria. Mas nos parece estranho ter que aceitar que os auditores admitam essa prática de forma homogênea. Aceitar, por conveniência, ser igual, só para caracterizar sua diferença não parece coadunar com as campanhas de justiça disso e daquilo que a entidade encampa. Da mesma forma, perseguir os colegas de trabalho, usando para isso todas as poderosas estruturas que possuem, é achar que a vitória almejada pelos que querem salvar as baleias só será concretizada se não restar nada além das próprias, também não encerra nenhum bom senso.
Às vezes até concordamos com a tese de que o ser humano é um câncer no planeta. Destrói e mata por ganância. Temos até muitos exemplos reais desse fato, o que justificaria, em tese, destruir o homem e deixar só as baleias, que não têm essa maldade. Mas, acreditamos que a sobrevivência de qualquer ente, seja ele uma pessoa ou uma organização, depende do cultivo, das pessoas e dos entes criados, de um mínimo de sentimento de bem comum. Sem isso, viveremos em agrupamentos que reproduzirão ambientes muito piores do que o chamado "estado de natureza", onde o homem é o lobo do homem.
Caminhamos num sentido: valorizarmo-nos pelo trabalho, pelo sentimento de solidariedade e comprometemo-nos em construir uma organização que zele pelo bem comum. Não negamos que existem falhas em nosso meio, mas temos o compromisso político de trabalhar para corrigi-las e não reforçá-las. Nossa utopia é acreditar que a Verdade e a Justiça vencerão no final. Mesmo sabendo que dentro da carreira alguns são vistos como inquilinos indesejáveis em casa alheia, cremos que a Casa é, na verdade, do Povo. Portanto, aqueles que sentem essa responsabilidade têm que se dispor a mudar esse quadro, antes que isso leve a mais prejuízos.
Delegacia da Receita Federal do Brasil em Goiânia - Exemplo de Unificação
"" align="alignnone" width="400" caption=""]Programado para ser realizado em 3 etapas, o processo de integração dos servidores da Receita Federal e da Receita Previdenciária em Goiânia teve inicio no dia 03 de Abril, no Auditório do Conselho Regional de Contabilidade do Estado de Goiás, com o seminário ?A unidade na diversidade, o desafio de construir junto?, com o slogan ?Receita Federal do Brasil ? vamos levantar essa bandeira?.
"" align="alignnone" width="400" caption=""]"" align="alignnone" width="400" caption=""]No final do evento houve um coquetel oferecido pelo Sindireceita e pela Anfip, oportunidade em que os servidores tiveram um momento de integração com maior descontração, onde com entusiasmo chegaram a comentar que o exemplo de Goiás poderia ser seguido por outras unidades da Federação.
Participaram do evento os presidentes da Anfip, Ovídio Palmeira Filho, e da Agofip, Filoneto José dos Santos, o delegado da Receita Federal em Goiânia, Sérgio Luiz Messias Lima, o delegado da Receita Previdenciária, Ary Gonzaga de Lellis, o delegado da Receita Federal em Anápolis, Paulo Sérgio Peperário, o superintendente da 1ª Região Fiscal da Secretaria da Receita Federal, Carmem Pacheco Teponi Ribeiro Cechin, o representante do Sindireceita João Batista da Silva, o representante do Unafisco, Ricardo Skaf Abdala, e o presidente do Conselho regional de Contabilidade em Goiás, Edson Candido Pinto.
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