Os números do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), que serão divulgados às 9h desta sexta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), devem mostrar, segundo analistas e o governo, o fim da recessão no país.A recessão técnica, de acordo com economistas, configura-se quando uma nação registra contração da economia por dois trimestres consecutivos. No Brasil, isso ocorreu no quarto trimestre de 2008, quando o PIB ficou negativo em 3,6%, e no primeiro trimestre deste ano, quando a retração foi de 0,8%.
Para o governo federal, o crescimento poderá chegar a 2% entre abril e junho, em relação aos três meses imediatamente anteriores. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou recentemente, em Londres, que a expansão do segundo trimestre deve ficar entre 1,8% e 2%.
Segundo ele, em julho e agosto, a economia brasileira deu fortes sinais de aceleração da recuperação em razão da retomada da produção industrial, disse o ministro. Com a recuperação gradual, ele diz acreditar que o PIB nacional tenha crescimento de 1% no fechamento dos números de 2009.
Para o economista-chefe do Banco Fator, José Francisco de Lima Gonçalves, os números devem vir acima da expectativa do mercado. A instituição aguarda um crescimento próximo de 2% entre abril e junho, enquanto o piso das expectativas do mercado vê expansão de 1% no período. ?O grosso do pessoal (analistas) está em torno de 1,5%?, diz.
Segundo ele, depois da divulgação dos novos dados do PIB, é provável que instituições e corretoras revisem suas projeções de crescimento para cima. No caso do Banco Fator, a expectativa inicial de expansão, que era muito próxima de zero para o fechamento do ano, agora é de expansão de 0,5%.
As expectativas dos bancos para a economia já vêm aos poucos melhorando. A pesquisa de mercado Focus, divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC), já mostra essa tendência. A projeção de queda para a economia brasileira chegou a ser de 0,71%. Há 15 dias, o consenso era de retração de 0,30% agora, a baixa prevista é de 0,15%.
Apesar de elogiar as ações do país contra a crise ? como a redução da taxa Selic para a mínima histórica de 8,75% e o corte de tributos para automóveis, materiais de construção e eletrodomésticos ?, o professor diz que é preciso encarar os novos números com a ?cabeça fria?. ?A perspectiva melhorou um pouquinho, mas não podemos soltar rojões." (Informações do site G1, 11/9/2009)