A Campanha Pirata: tô fora! Só uso original, promovida pelo Sindireceita, foi citada na pesquisa Media Piracy in emerging economies, realizada por 33 pesquisadores que analisaram a pirataria no Brasil, Índia, Rússia, África do Sul, México e Bolívia.

A pesquisa, divulgada na última quinta-feira (10), em Nova Iorque, “demonstra em termos empíricos que a batalha contra a pirataria será vencida não no campo da repressão, mas sim no campo econômico, com a oferta de produtos cujos preços sejam compatíveis com a renda e o poder de compra local", explica Ronaldo Lemos, diretor do Centro de Tecnologia e Sociedade da FGV Direito Rio e professor na Universidade de Princeton.

Essa foi a primeira investigação científica empírica que analisa comparativamente a pirataria em vários países. Uma das constatações da pesquisa é que o DVD pirata no Brasil custa o mesmo que o DVD original nos EUA.

Baseado em três anos de pesquisa, o estudo considera não apenas as políticas de repressão e os preços dos produtos, mas também o poder de compra da população. O trabalho conta com um capítulo exclusivo sobre o Brasil onde é abordada a situação da pirataria. A conclusão do relatório brasileiro é que só a educação não é capaz de solucionar o problema da pirataria, mas que deve haver um esforço das empresas em adequar os preços. “A falha na definição de preços e distribuição faz com que os investimentos em educação e fiscalização sejam discutíveis”, destaca Ronaldo Lemos.

No relatório, a campanha do Sindireceita aparece como uma das principais iniciativas educativas em andamento no País. O Sindireceita envolveu-se também na educação antipirataria por meio do patrocínio da campanha "Pirata: tô fora!" de conscientização pública. A campanha é uma iniciativa ligada à noção de educação fiscal.

Veja aqui o estudo completo.