"Fui três vezes presidente da Câmara dos Deputados e em duas ocasiões pelo menos eu tentei fazer a reforma política. É uma reforma muito difícil, porque há muitos interesses eleitorais legítimos. A reforma política não é uma questão apenas partidária. Ela é uma questão praticamente individual. Cada deputado e senador pensa precisamente - e legitimamente - no seu futuro", disse o vice-presidente da República, Michel Temer, que sugere que seja elaborada uma proposta de emenda constitucional (PEC) "singelíssima", com dois ou três artigos para garantir a aprovação. Temas como financiamento público de campanhas eleitorais e lista fechada de candidatos, diz, não passam no Congresso. O realismo de seis mandatos de deputado federal, com o acúmulo de ter conduzido a Presidência da Câmara por três vezes, levam o peemedebista a colocar dúvidas sobre a votação de uma reforma política no Congresso, ainda que essa tenha sido mencionada pela presidente Dilma Rousseff como prioridade.