Ante as denúncias de que caminhões com containeres destinados ao Paraguai estariam "desaparecendo" na fronteira entre Ponta Porã (MS) e Pedro Juan Caballero, Javier Contreras, titular da Direção Nacional das Aduanas (DNA), solicitou relatório à Receita Federal do Brasil (RFB).
O objetivo da medida, cujos resultados preliminares já estão disponíveis, é comparar o número de containeres com destino ao Paraguai, registrados pela RFB em sua aduana de Ponta Porã, com a quantidade registrada pelos auditores locais da DNA e da estatal que administra o porto seco anexo.
De um total de 157 containeres verificados preliminarmente, apenas 51 contam com registro de entrada ao Paraguai pela aduana de Pedro Juan Caballero, procedentes da cidade vizinha. Dos 106 restantes, pelo menos 78 não puderam ser localizados na primeira consulta ao sistema aduaneiro Indira.
A respeito, Contreras, que determinou o afastamento do então administrador da principal aduana da fronteira seca, opinou que a única forma de atacar o mal pela raiz é implantar o método de controle integrado, com a presença de fiscais paraguaios e brasileiros em um único recinto aduaneiro.
"O único caminho que temos para evitar esta situação de que a Receita tem o registro e a aduana paraguaia não, ou vice-versa, é conseguir implementar, de uma vez por todas, o controle integrado", assegurou o diretor, citando resolução do Mercosul, datada de 2007, que prevê esta possibilidade. (Informações do Paraná Online)