"Quando o crescimento diminui, o ganho de renda é menor e, às vezes, o desemprego, que estava bem baixinho, aumenta um pouco. Gente que tem emprego não vai ter, pessoas que esperavam ganhar mais de repente não vão ganhar tanto", disse o economista-chefe do Itaú, Ilan Goldfajn, ao explicar que o resultado final desse novo cenário é a desaceleração da economia, o que afeta diretamente o bolso das pessoas. Juros mais altos, prazos menores de financiamento e gradual aumento do desemprego. Esse é o quadro esperado após as medidas tomadas pelo BC (Banco Central) nos últimos dois meses para reduzir crédito, consumo e, por tabela, a inflação. Nesse cenário, é preciso aumentar a cautela com o endividamento, pois as condições de crédito já pioraram.