O jornalista Leandro Mazzini, por meio da Coluna Esplanada, que é distribuída para mais de 20 jornais em todo o país e pode ser lida também no portal UOL, divulgou hoje uma matéria que apresenta a denúncia feita pelo Sindireceita a respeito da fronteira do Amapá com a Guiana no Oiapoque, que é uma pista aberta para a bandidagem de outros países.
Mazzini destaca que, por pressão do presidente francês sobre Dilma Rousseff, a ponte inacabada na fronteira do Amapá com a Guiana será inaugurada no dia 12 de dezembro. Ele ressalta também que, no ano passado, uma equipe do Sindireceita constatou no local a vergonha nacional: do lado Guiano, há 90 agentes e policiais em ação, aduana ativa, câmara frigorífica para transbordo e fiscalização fitossanitária. Do lado brasileiro, nada. “Não há qualquer controle de entrada de estrangeiros pelo lado brasileiro”, garantiu a presidenta do sindicato, Sílvia de Alencar.
O relato do jornalista ironiza ainda a informação de que a presidenta Dilma irá participar da inauguração mesmo sem guaritas, aduana, posto para a PF do lado de Oiapoque e servidores suficientes na região, onde o vaivém do contrabando e de estrangeiros é feito em canoas no rio. “Enquanto o Brasil dorme o crime está acordado”, refletiu a presidenta do Sindireceita.
Veja aqui a entrevista completa.
Sindireceita denuncia abandono nas fronteiras do Brasil
A Receita Federal tem 34 postos de fiscalização ao longo dos 16.800 quilômetros de fronteira e o cenário da maior parte das unidades aduaneiras é: lanchas quebradas, postos de fiscalização que só abrem durante o horário comercial, falta de viaturas, falta de servidores e de infraestrutura mínima para o desempenho das atividades de fiscalização, vigilância e repressão aduaneira. Estas são as denuncias reveladas pelo Sindireceita após percorrer diversos postos de fronteira e lançar um documentário, em livro e vídeo, intitulado “Fronteiras Abertas – Um Retrato do Abandono da Aduana Brasileira”.