Analista-Tributário Timóteo Chueiri Ramos destaca atuação da RFB nos portos em audiência pública na Câmara dos Deputados

Analista-Tributário Timóteo Chueiri Ramos destaca atuação da RFB nos portos em audiência pública na Câmara dos Deputados

Neste ano, as maiores quantidades de drogas foram apreendidas pelo Fisco nos portos brasileiros. O assunto foi detalhado em palestra ministrada pelo Analista-Tributário Timóteo Chueiri Ramos, durante a audiência pública “A importância da Receita Federal do Brasil na Segurança Pública”, ocorrida na tarde desta quarta-feira, em 18, na Câmara dos Deputados. O evento foi promovido pela Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado e contou com a presença de Analistas-Tributários de diversas regiões, representantes da Diretoria Executiva Nacional (DEN) do Sindireceita, parlamentares e imprensa.

 

Além do ATRFB Timóteo Chueiri Ramos, também ministraram palestras na audiência o presidente do Sindireceita, Geraldo Seixas e os ATRFBs Paulo Henrique Marcusso Kawashita e Valdiléia dos Reis Castro da Cunha. Saiba mais aqui.


Conforme dados apresentados por Ramos, atualmente a Aduana da RFB atua em 105 Instalações Portuárias Marítimas; 42 Instalações Portuárias Fluviais de uso público; uma Instalação Portuária Fluvial de uso privativo exclusivo; e duas Instalações Portuárias Lacustres de uso público. Essa estrutura permite que a RFB controle anualmente quase 190 mil empresas habilitadas a fazer comércio internacional; 8 milhões de contêineres que circulam pelos portos brasileiros; 1 bilhão de toneladas de carga geral (combustíveis, grãos, minérios, etc); e um fluxo de comércio de aproximadamente U$ 400 bilhões. “A costa brasileira é muito privilegiada no comércio internacional por rota marítima. É um fluxo considerável e a atuação do Fisco nos portos, principalmente no combate ao crime organizado, ocorre justamente dentro dessa grande dimensão, com a seleção de cargas que possam conter ilícitos”, explicou Ramos.

 

Em sua explanação, o Analista-Tributário também apresentou os resultados de apreensões da RFB nos portos. De janeiro a junho, o órgão apreendeu 3,2 mil toneladas produtos contrafeitos e impróprios para consumo, além de 39 toneladas de cocaína, de janeiro a setembro, nos portos de Santos/SP (18 t), Paranaguá/PR (11,6 t), Natal/RN (mais de 4,3 t), Itajaí/SC (mais de 3,7 t), Salvador/BA (966 kg), Rio de Janeiro/RJ (551,5 kg) e Pecém/CE (330 kg). “Pela posição estratégica na questão portuária, o Brasil serve como local de passagem para o tráfico internacional de cocaína. Os principais países consumidores desta droga, como a Austrália e países europeus, consomem cocaína que sai, em grande parte, dos portos brasileiros”, detalhou o Analista-Tributário.


De 2016 a 2019, as apreensões de cocaína cresceram expressivamente no Brasil. De acordo com o Ramos, este aumento de apreensões se deve à especialização das equipes de Inteligência e Vigilância e Repressão da RFB. Entre as principais ações realizadas pelo Fisco no âmbito encontram-se o controle de pessoas e veículos; controle dos sistemas de pátio e plano de carga de navios; análise das imagens das inspeções  radiológicas; cães de faro K9; análise de risco na exportação; especialização na avaliação de porta de contêineres e cautelas fiscais; operações pontuais com base na análise de risco; embarcações da RFB com mergulhadores e monitoramento; especialização em busca em navios mercantes; troca de informação com aduanas de outros países; e capacidade de análise de dados.


Confira abaixo a íntegra da audiência pública: