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Transporte internacional de cargas segue penalizado pela burocratização do sistema

Por solicitação do deputado federal Jerônimo Goergen (PP-RS) a Comissão de Viação e Transportes da Câmara realizou nesta terça feira (13) audiência pública para debater os gargalos do transporte de cargas nas fronteiras, que seguem burocráticos, penalizando caminhoneiros e empresas nacionais. O parlamentar atendeu pedido do setor que busca a agilização aduaneira para o transporte rodoviário internacional de cargas. “Hoje, cerca de 1000 caminhões passam por dia em Uruguaiana e São Borja e no fim de semana 1500 ficam bloqueados porque não há liberação, provocando acúmulo de 2500 em uma segunda feira por exemplo. O Brasil perde muito com isto”, analisa Jerônimo.

O deputado ressaltou porém a ausência de um representante da Receita Federal na audiência: “Nos dá a impressão que a Receita está fugindo das discussões. A Comissão de Viação e Transportes fez sua parte e formalizou os pedidos ao governo. De qualquer maneira acertamos mudança importante no trâmite aduaneiro na nossa fronteira. A Associação Brasileira de Transportes Internacionais encaminhou com o Secretário da Fazenda mudanças estruturais ”, segue o deputado. 

De acordo com representantes do setor, as dificuldades para os caminhoneiros brasileiros são imensas. A comparação com a Argentina é inevitável. Para ingressar no país vizinho Argentina por Uruguaiana, leva-se cerca de seis horas quando está transportando peças.Porém para sair da Argentina e entrar no Brasil perdem-se 48 horas, gastos na alfândega.

Entre os problemas apontados estão a falta de padronização de procedimentos, a demora para averiguar as cargas perecíveis, a falta de integração dos órgãos, o bloqueio de licenças de importação, a falta de transparência nos processos, o tempo excessivo para liberar os caminhões e a falta de infraestrutura.