Enchentes afetam a rotina de trabalho nas ARF de Muriaé/MG, Itaperuna/RJ e Santo Antônio de Pádua/RJ

As chuvas de verão voltaram a castigar diversas cidades do país no início deste ano, principalmente no Sudeste, nos estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais.



Em Muriaé/MG, as águas invadiram a ARF impossibilitando a entrada dos servidores


A cidade de Muriaé/MG decretou estado de emergência depois que o Rio Muriaé subiu cinco metros e causou a maior enchente já registrada no município, conforme a Defesa Civil. As casas à beira do rio foram atingidas e objetos foram arrastados pela correnteza. Dez bairros do município ficaram isolados, muitas famílias estão desabrigadas e a energia chegou a ser cortada.


A tragédia também atingiu a Agência da Receita Federal (ARF), no entanto, o atendimento não chegou a ser interrompido. De acordo com a Analista-Tributária Ana Cláudia Napoleão Bastos, na manhã de terça-feira (3), as águas invadiram a ARF impossibilitando a entrada dos servidores que tiveram que passar pela casa ao lado para ter acesso à unidade. O atendimento só não foi suspenso porque é feito no período da tarde, a partir das 13h00, horário em que a situação já havia sido normalizada.


As ARF de Itaperuna e Santo Antônio de Pádua, no Noroeste do estado do Rio de Janeiro, também enfrentam os problemas causados pelas chuvas. Segundo os Analistas-Tributários da Receita Federal do Brasil que respondem pelas agências, no início de cada ano todos já se preparam para as surpresas provocadas no período das chuvas e em 2012 não foi diferente.


 


 



A ARF está localizada na Avenida Cardoso Moreira que ficou totalmente alagada


A ARF Itaperuna/RJ está fechada desde terça-feira (3), a enchente do Rio Muriaé, que também corta a cidade, inundou a unidade. Segundo a chefe-substituta da ARF Itaperuna, Analista-Tributária Simone da Silva Alves, os funcionários conseguiram suspender alguns móveis, além do material de trabalho, o que não causou tantos prejuízos. Na tarde de ontem (5) os vigilantes estiveram na ARF para verificar a situação e dar início à limpeza, mas tanto o acesso dos servidores quanto o atendimento aos contribuintes está prejudicado. “Muitos funcionários ficaram ilhados”, contou Simone.



Este ano a segunda maior enchente atingiu o município e deixou 12 mil habitantes desalojados


Em Santo Antônio de Pádua/RJ, o chefe da ARF, Analista-Tributário Clóvis Picinini, informou que as águas não entraram na agência por muito pouco. “Este ano faltou somente 20 centímetros para a enchente invadir a agência, apesar de estarmos localizados em um local mais distante. Na terça-feira conseguimos suspender o material de trabalho e os móveis, desligamos o servidor e também todos os equipamentos. Tivemos o apoio de servidores da DRF Campos que estiveram aqui. Hoje (5), o trabalho é interno. Acredito que nesta sexta-feira (6) o atendimento voltará ao normal”, contou. Segundo Clóvis Picinini, em 2008 a enchente foi ainda mais forte e invadiu a ARF de Santo Antônio de Pádua/RJ.