Portal O Liberal
27/06
Os próximos servidores federais a engrossar a onda de greves nacionais podem ser os Analistas-Tributários da Receita Federal, caso o governo não atenda às reivindicações da categoria. Na manhã de ontem, os servidores paralisaram o trabalho para realizar ato público em frente ao prédio da Receita em Belém/PA, seguindo a mobilização nacional que aconteceu em diversas capitais brasileiras. Dentre as demandas dos trabalhadores, está a valorização salarial, já que o salário da categoria é o pior dentre os Analistas-Tributários de órgãos federais.
A manifestação foi um alerta ao governo federal, que deve se reunir com os servidores do órgão na próxima semana. Caso não haja sucesso na negociação, Analistas-Tributários de todo o Brasil podem entrar em greve ainda no mês de julho. À tarde os Analistas voltaram ao trabalho. A principal pauta dos Analistas da Receita é denominada "reestruturação salarial". Os 300 profissionais da área no Pará, na manhã de ontem, realizaram uma "assembleia nacional unificada", nas palavras do presidente do Sindicato dos Analistas-Tritubários da Receita Federal do Brasil no Pará (Sindireceita-PA), Tales Queiroz. "Queremos mostrar nossa insatisfação com o governo, que até o momento não apresentou uma proposta à categoria na mesa nacional de negociação", explicou Tales. "A reestruturação tem esse nome porque queremos revisar disparidades, em comparação com outros analistas tributários do ciclo de gestão do Poder Executivo". O presidente do sindicato se referia aos demais órgãos, como o Banco Central do Brasil e agências nacionais de petróleo e energia elétrica, por exemplo.
De acordo com o Sindireceita, os Analistas-Tributários da Receita têm um salário cerca de 50% a 60% menor se comparado com os trabalhadores desses demais órgãos. "Isso dá uma diferença, no início da carreira, de R$ 4 mil a R$ 5 mil. O nosso salário-base é de R$ 8 mil, enquanto os outros são de R$ 12 mil, R$ 14 mil e até R$ 16 mil", exemplificou Tales Queiroz. Agora, o Sindireceita aguarda posicionamento do governo federal quanto às reivindicações. O prazo final da categoria é o dia 15 de julho.