Historicamente, desde a fundação da Central Única dos Trabalhadores (CUT), em 28 de agosto de 1983, a representatividade dos servidores públicos sempre foi tímida. Se aprofundarmos este levantamento, constataremos que a CUT, em todo este período, nunca dedicou o empenho necessário às questões do funcionalismo.
A CUT vive uma simbiose com o governo. A Central não discorda da lógica da reforma de privatização do sistema previdenciário, que tem objetivo mercantil (a lógica do lucro). Questionamos: quem disse que os fundos de pensão são bem administrados? As experiências dos modelos do Chile e da Argentina levaram estes países ao colapso econômico. O futuro dos fundos de pensão, públicos ou privados, é incerto em todo o mundo. Fundo de Pensão rima com corrupção. Esta é a conclusão extraída em todos os seminários sobre a reforma da previdência promovidos pelo Sindtten. Além de ser caro, os fundos de pensão transferem renda dos trabalhadores e do Estado para um fundo financeiro, que tem, entre outros, um altíssimo custo administrativo. Engana-se o presidente Lula, em querer gerar recursos e poupança com os fundos de pensão. Acreditamos que ele está lendo o texto errado.
Não podemos ficar inertes assistindo com perplexidade, a retomada da premissa das reformas neoliberais. O que vem sendo posto pelo atual governo nos induz pensar que o Estado brasileiro se tornou inimigo do cidadão. Mas é o Estado que se realiza através dos servidores. O que estão querendo é acabar com o respeito aos servidores públicos.
Outra razão para fundarmos a Central Única dos Servidores Públicos está embutida na proposta de reforma Trabalhista do governo Lula, que quer dar representatividade somente às Centrais Sindicais.
Dessa forma torna-se inexorável na atual conjuntura fundar uma Central específica, forte e apartidária, para congregar a massa dos servidores públicos federais, estaduais e municipais. Chegou a hora de dar voz aos servidores públicos que são os reais agentes de formação de políticas públicas.
A partir desta edição estaremos debatendo amplamente a questão nos boletins do TRF.
A criação da Central Única dos Servidores Públicos já está repercutindo na mídia. Confira aqui as entrevistas do presidente da DEN, Reynaldo Puggi, veiculadas nos jornais
Nesta sexta-feira, 20, diversas Delegacias Sindicais realizaram Assembléia Geral Nacional Unificada (AGNU), para discutirem e deliberarem sobre e a paralisação Lembramos que as DS que ainda não realizaram AGNU devem faze-la até a próxima segunda-feira, 23.
Lembramos aos Delegados Sindicais que as planilhas de votação, devem ser enviadas via Fax, para tabulação e arquivamento, contendo a assinatura usual e o nome legível do responsável, impreterivelmente, até as 18 horas da próxima segunda-feira, 23.
Os primeiros resultados encaminhados a DEN indicam a favor da paralisação nos dias 25 e 26 de junho.
O Presidente do Conselho Estadual de Delegacias Sindicais no Estado do Rio de Janeiro do SINDTTEN - CEDS/RJ, Roberto Araújo Júnior, convoca ordinariamente os filiados da Delegacia Sindical Alfândega do Porto do Rio de Janeiro para Assembléia Local na próxima segunda-feira, 23, na Av. Rodrigues Alves, 81, sala 204 (Sala em anexa ao Salão Nobre), as 11h. A pauta da assembléia será a eleição assemblear da nova Diretoria e a posse e exercício aos eleitos.
Contamos com a participação de todos os colegas da Alfândega do Porto do Rio!
O ministro da Previdência, Ricardo Berzoini, debateu, nesta sexta-feira (20), na TV Câmara, a proposta de emenda à Constituição Federal que trata da reforma previdenciária. Participaram do debate, o relator da matéria, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), deputado Maurício Rands (PT-PE), o líder do PFL, na comissão, deputado José Roberto Arruda (DF) e o coordenador do Sindjus Roberto Policarpo Fagundes.
Perguntado sobre as propostas de emenda ao texto do governo, Berzoini disse que ainda é cedo para analisar as emendas da bancada do PT "Não vamos avaliar apenas as emendas do PT, mas de todos os partidos que compõem a base do governo", afirmou Berzoini.
O ministro da Previdência afirmou, ainda, que o governo federal está disposto a negociar a reforma ?desde que não se altere a sua essência?. Para Berzoini a cobrança dos inativos o fim da aposentadoria integral e a média de cálculo das contribuições dos servidores públicos para efeito de aposentadoria, ?são itens fora de qualquer possibilidade de serem negociados?.
José Roberto Arruda (PFL-DF) disse ao ministro que a oposição tem ?esperança de ressuscitar a derrota na CCJ?, quando a emenda for votada na Comissão Especial. ?Nossa intenção?, disse Arruda, ?é que os aliados admitam que essa reforma é inconstitucional sobre todos os aspectos e nós não excluímos a possibilidade de ir ao Supremo (SFT)? assegurou.
Emendas ? O deputado Bismarck Maia, (PSDB-CE), apresentou uma proposta de emenda, em nome da bancada tucana, isentando as aposentadorias de até R$ 2,4 mil, da taxação de 11%. No caso dos servidores dos estados e municípios, Maia reduz a isenção para aposentadorias abaixo de R$ 1.058.