Vivemos nos dias de hoje em busca de soluções para uma miríade de problemas enfrentados pela humanidade. A grande maioria desses problemas não se encontram no âmbito individual, mas sim no âmbito coletivo. Mais e mais se exige de cada ser humano a participação ativa na definição do seu futuro, isso se quiser ter um futuro. Não há como escapar do debate, por exemplo, da preservação do meio ambiente, condição ?sine qua non? para podermos deixar de herança alguma qualidade de vida para as gerações futuras.
Assim, percebemos que apesar das dificuldades políticas enfrentadas por posturas radicais de defesa de interesses específicos, cada vez mais, as contradições manifestadas na realidade impõem uma mudança dos paradigmas do modelo hegemônico de desenvolvimento de modo a assimilar novos ?modus operandis? sustentáveis no aspecto econômico, social e ambiental. É o caso do Fórum Econômico Mundial que demonstrou, na sua última reunião, a disposição da União Européia em aceitar o aumento do corte de seus subsídios agrícolas, dos Estados Unidos em limitar seus subsídios anuais a agricultura e o G20 prometendo melhorar a abertura na área industrial e de serviços. Todos buscando, mesmo que lentamente, convergir para um equilíbrio de forças nas relações comerciais mundiais.
As negociações entre governo federal e governos estaduais em torno do PAC, ainda em andamento, mostram claramente que, se quiserem chegar a um consenso, tem que haver disposição, de ambas as partes, de ceder, de mudar os paradigmas que sempre os orientava, em nome de um bem maior, nesse caso o desenvolvimento econômico no nível necessário ao País. Em termos mundiais também se percebe nitidamente um posicionamento nesse sentido, mesmo que forçado pelas duras conseqüências que o desequilíbrio nas relações entre os países e o modelo de desenvolvimento predatório têm resultado para a humanidade (guerras, fome, miséria e autodestruição).
O importante é notarmos que sempre foi o tensionamento entre as partes que condicionou, em dada conjuntura (histórica, política, social e tecnológica), a realidade. Foi assim que, em alguns países se conseguiu garantir os direitos trabalhistas, os direitos políticos e sociais. Lembremos da jornada de trabalho de 8 horas ou mais, do voto feminino, do direito de greve. Tudo isso foi obtido com muita luta e perseverança no aguardo do seu momento de acontecer. Mas para acontecer foi preciso lutar e persistir na luta.
Poderíamos optar por caminhos mais fáceis, porém não tão dignos, do que o que optamos. Se queremos acabar com a mentira na nossa casa, temos que ter coragem para enfrentar os mentirosos.
Semana de AGNU
1.Avaliação de Conjuntura,
2.Unificação da Administração Tributária Federal (P.L 6.272/2005),
3.Pauta Reivindicatória para 2007,
4.Ações Judiciais,
5.Dia Nacional de Mobilização em prol da Ética e Decência na Secretaria da Receita Federal.
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Veja aqui a Avaliação de Conjuntura