na Receita Federal?
Os boletins diários de uma conhecida entidade sindical vêm, há mais de um mês, veiculando notícias sobre a sucessiva entrega de funções por seus representados. Como até agora a Receita Federal do Brasil continua funcionando com recordes de arrecadação e com o PIR/2008 transcorrendo na mais absoluta normalidade, restam as seguintes hipóteses sobre o fato:
Hipótese 01 - A entrega de funções é um tremendo faz-de-conta. As "autoridades", vêm a público, tiram fotos nas melhores poses possíveis e, depois, retornam ao trabalho com toda normalidade.
Hipótese 02 - As chefias supostamente entregues são totalmente dispensáveis ao normal funcionamento da Receita Federal. Então, para se economizar dinheiro público, a melhor opção não seria extingui-las de vez?
Hipótese 03 - Os servidores ocupantes que dizem ter entregue as funções de chefia não têm uma produção razoável no serviço, ou melhor dizendo, não desempenham suas funções como deveriam. Então, não fazem falta ao normal funcionamento do órgão.
Seja como for, há uma forma objetiva de sabermos a verdade: basta verificarmos quantas destas valorosas "autoridades" que exercem funções de confiança tiveram ponto cortado em razão da greve. Pois uma vez entregue as chefias, não lhes resta outra saída que não participar do movimento. Alguém aí tem os números?
Por outro lado, caso as chefias tenham sido realmente entregues, cabe à administração da Receita Federal substituir imediatamente esses servidores. Caso contrário, estará sendo conivente com uma postura faz-de-conta, cuja única finalidade é tentar fortalecer o combalido movimento paredista da categoria da qual faz parte, revelando uma omissão extremamente corporativista. Sendo assim, como forma de respeito ao contribuinte, toda a direção da Receita Federal é que deve ser imediatamente substituída pelo governo.
À diretoria da Unafisco,
Em virtude de sermos questionados por telefone sobre matéria publicada no jornal 'A Tarde', no dia 30/04/08, respondemos em dois pontos:
1- Estranhamos muito tal procedimento, de se dirigir a nossa entidade para solicitar um esclarecimento, ainda mais por telefone, uma vez que as assembléias desta mesma entidade se negam a assinar manifestos conjuntos conosco sobre Subsídio, de nos convidar para seminários sobre Administração Tributária, realizados em parceria com o IAF, de deliberarem para nos tirar da mesma Carreira de Auditoria que pertencemos desde de sua criação, em 1985, de nos chamar de 'servidores administrativos', para nos desqualificar, sendo que todos somos servidores e autoridades, dependendo da função que exerçamos, e mesmo assim, nós do Sindireceita nunca os procuramos para pedirmos esclarecimentos 'do porquê' querem tanto nos prejudicar
2- Conforme tratado em conversa pelo telefone, disse sim que a greve na Aduana, em virtude da importância do setor, tem de ser melhor estudada, mesmo não tendo usado a palavra ?banalização da greve?, o nosso entendimento é este mesmo.
Concordamos com tudo que foi publicado no jornal, em seu conteúdo, e sabemos que as palavras são melhor articuladas pelos jornalistas, para resumir em poucas linhas. Mando o estudo que disponibilizamos para o jornalista e peço que divulguem esta resposta a categoria que representam, para não restarem dúvidas de nosso posicionamento.
Sobre greve no Serviço Público e na RFB, divulgamos um manifesto em Defesa da Greve do Servidor e não da Autoridade.
Gleciara Ramos
Delegada do Sindireceita ? DS Salvador/BA