A Confederação dos Servidores Públicos do Brasil (CSPB) promoveu na tarde de ontem, quinta-feira, a Plenária Nacional, ?Servidores Públicos chega de ser a bola da vez? realizada no Auditório Petrônio Portela, do Senado Federal.
O evento foi marcado por algumas manifestações como o grito dos Servidores Públicos: ?VAMOS LUTAR, VAMOS LUTAR, PRA ESSA REFORMA NÃO PASSAR! ?
O presidente do CNRE, Hélio Bernades, esteve prestigiando o evento que contou ainda com a participação do primeiro vice-presidente do Senado, senador Paulo Paim, que compôs a mesa e deu a sua contribuição ao defender os Servidores Públicos na questão da reforma previdenciária no Brasil.
O senador Paulo Paim (PT-RS) se encontrará com o ministro da Previdência e Assistência social, Ricardo Berzoini, na próxima segunda-feira, 2, para apresentar suas propostas sobre a reforma previdenciária que está sendo analisada pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara (CCJ).
O senador afirmou que entre as medidas que serão sugeridas ao ministro, está a adoção de uma regra de transição para os servidores públicos que estão na ativa. Segundo o senador, essa sugestão é uma questão de justiça, já que o Congresso tem a obrigação de discutir e formular alternativas para as propostas apresentadas pelo Executivo.
?RADICAIS? ? Um dos parlamentares taxado de ?radical? promete fazer barulho no Congresso contra a aprovação da reforma da Previdência na CCJ, na semana que vem. O presidente do PDT, Leonel Brizola, esteve em Brasília articulando uma frente contra as reformas e prometeu que fará tudo que for possível para derrubar a aprovação e que seu o partido votará contra a taxação dos inativos. Brizola ainda atacou o Presidente Lula comparando-o com o presidente João Goulart, que, para ele, não cumpriu as promessas de campanha.
Ontem, 29, os deputados do PDT não participaram da aprovação da constitucionalidade da reforma Tributária pela CCJ.
?NOVOS RADICAIS? ? Ainda ontem, trinta deputados petistas, chamados de novos radicais, divulgaram na Câmara o manifesto ?Tomar o rumo do crescimento já?, cobrando do governo uma melhor distribuição de renda e maior inclusão social. Os deputados questionam o fato de não terem discutido com o partido as propostas das reformas tributária e previdenciária antes de serem encaminhadas ao Congresso. Entre os deputados que assinaram o documento, sete integram a Comissão Especial da reforma da Previdência e quatro da Tributária. Estes parlamentares analisarão o mérito das propostas.
VAIAS ? Constrangimento para o ministro da Casa Civil, José Dirceu, que foi vaiado ao defender na Assembléia Legislativa de São Paulo a proposta de reforma da Previdência do governo por cerca de 300 pessoas ligadas a Central Única dos Trabalhadores (CUT). Ao sair da Assembléia o Ministro classificou o ato como liberdade de expressão.