No primeiro semestre desse ano, acompanhamos o desfecho do longo e conturbado processo de discussão e votação do Projeto que propunha a criação da Receita Federal do Brasil (RFB). A medida proposta visava, e ainda visa, fortalecer a Administração Tributária Federal.
Com a criação da RFB, o conjunto de atribuições desempenhadas pelos Analistas-Tributários foi significativamente ampliado. As atividades relativas à administração de contribuições previdenciárias, que possuem especificidades bem distintas dos tributos antes administrados pela SRF, passaram a ser também de nossa responsabilidade. Prova disso é que vários colegas estiveram ou estão sendo submetidos a cursos ou treinamentos para poder lidar com esses tributos e com os respectivos sistemas que os controlam.
Sem dúvida alguma, o deslanche da Receita Federal do Brasil demanda tempo e muito trabalho. Os Analistas-Tributários esperam, e reivindicam, que, todo o esforço que vem sendo empreendido pelos servidores deste novo órgão seja retribuído com a necessária valorização dos seus cargos. Continuaremos trabalhando para que a Instituição se aprimore, mas não abriremos mão, nesse período de negociação salarial, do reconhecimento da nossa importância e da nossa qualificação.
A manutenção das distorções salariais colocam as carreiras de Auditoria em posição destoante no universo das carreiras públicas. Essas distorções se aprofundaram em função dos acordos recentemente fechados com outras categorias, e causam, entre nós, a sensação de descaso e menosprezo, o que é extremamente prejudicial ao Órgão.
Nossa luta por justiça salarial é também a luta pelo respeito e reconhecimento à nova Receita Federal.