O boletim Focus divulgou ontem (10) que a taxa básica de juros (Selic) deve aumentar dos atuais 10,75% para 11,25% ao ano, na reunião que o Comitê de Política Monetária (Copom) realizará nos próximos dias 18 e 19 (terça e quarta-feira da semana que vem). O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, a exemplo do ex-presidente Henrique Meirelles, não se omitiu e já na primeira entrevista coletiva mandou um recado, seja para o público interno ou externo: não há espaço para teses como a de que é possível se conviver com um pouquinho mais de inflação. Trazer a inflação para meta não é impossível, mas não fazer nada e acomodar os preços em patamar elevado é correr risco desnecessário, na avaliação de fonte do governo. Esse risco está associado ao próprio ritmo de crescimento da demanda e ao fato de que crise financeira mantém o cenário de fragilidade das economias desenvolvidas.