"Neste momento, é temerário aumentar acima de R$ 540. Se vier alguma coisa diferente, vamos vetar", respondeu o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ao ser questionado se não estava preocupado com a decisão do PMDB de trabalhar por um salário mínimo maior do que o valor de R$ 540 fixado por medida provisória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para Mantega, um salário mínimo acima de R$ 540 é "temerário" porque aumenta os gastos da Previdência Social e dificulta a obtenção do equilíbrio das contas públicas. O ministro lembrou que existe um acordo do governo com as centrais sindicais definindo uma regra de elevação do piso salarial (a correção pela inflação mais o crescimento real do Produto Interno Bruto de dois anos antes). Não houve crescimento real do PIB em 2009. "Se formos cumprir essa política apenas quando for conveniente, vira uma brincadeira", disse. Mantega garantiu que não existe risco de um mínimo maior do que R$ 540. "O Executivo tem a prerrogativa de vetar", analisou.