Frente Parlamentar pela Modernização da Aduana recebe apoio da CNI
Para apresentar as novas ações da Frente Parlamentar pela Modernização da Aduana, a melhoria e redução de procedimentos no setor, a diminuição do custo Brasil e a análise de modelos internacionais que podem servir de parâmetros ao País, os deputados federais que integram a Frente reuniram-se, em Brasília (DF), com o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), deputado federal Armando Monteiro Neto (PTB-PE).
O deputado federal e presidente da Frente Parlamentar pela Modernização da Aduana, Fernando Melo (PT/AC), lembrou que o Brasil está abrindo novos mercados e, portanto, a Aduana precisa passar por um processo de aperfeiçoamento para dar conta dos desafios que estão surgindo neste novo momento da economia nacional. Melo acrescentou que a Frente está crescendo e poderá ao final dos trabalhos apresentar um projeto da Câmara dos Deputados para modernização do setor. “O parlamento pode dar uma contribuição grande e abrir os olhos do poder Executivo. A aduana brasileira precisa estar preparada para o novo momento econômico que o País vive”, disse.
|
Uma iniciativa do Sindireceita, a Frente Parlamentar pela Modernização da Aduana Brasileira foi criada para realizar um diagnóstico e apresentar soluções para agilizar procedimentos aduaneiros, proporcionar sugestões para ampliar a segurança das operações aduaneiras, propor melhorias no atendimento logístico, com vistas à redução de custos de armazenagem, relatar as condições de trabalho dos servidores, realizar um levantamento das condições de infraestrutura e apresentar sugestões para alteração de leis hoje em vigor. A Frente é composta pelo presidente, deputado Fernando Melo (PT/AC), o 1º vice-presidente, senador Heráclito Fortes (DEM/PI), o 2º vice-presidente, deputado Cláudio Vignatti (PT/SC), o 3º vice-presidente, deputado federal Vilson Covatti (PP/RS), o secretário-geral, deputado federal Osmar Serraglio (PMDB/PR) e o coordenador nacional, deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB/PR).
O deputado federal e presidente da CNI, Armando Monteiro (PTB/PE), lembrou que o aperfeiçoamento da Aduana integra a agenda de modernização do País. Segundo ele, é preciso melhorar procedimentos, reduzir a burocracia e harmonizar esses processos com a experiência internacional. “A CNI é sensível a esse processo. Creio que podemos trabalhar em pontos convergentes visando a desoneração, simplificação e uniformização dos procedimentos aduaneiros”, destacou. Monteiro também apoia a proposta de realização de um seminário internacional que reúna o setor privado, parlamentares e representantes do governo federal. “Não há melhor forma de impugnar e questionar um procedimento do que abrir a janela do mundo. Desta forma, não é a indústria ou algum setor defendendo a proposta, o que teremos é uma discussão de modelos internacionais e a comparação com experiências de sucesso”, disse. Armando Monteiro ressaltou ainda que o trabalho da Frente pode contribuir para reduzir o chamado “Custo Brasil” que, cada vez mais, coloca o País em desvantagem no cenário internacional. O presidente da Confederação encaminhou a proposta de realização do seminário para a equipe técnica da CNI que acompanhará a estruturação do evento.
“A CNI é sensível a esse processo. Creio que podemos trabalhar em pontos convergentes visando a desoneração, simplificação e uniformização dos procedimentos aduaneiros”. disse Armando Monteiro |
O presidente da CNI ressaltou ainda que o debate sobre a modernização do Estado está sendo travado em várias esferas. Ele cita o exemplo do judiciário que, além de criar um órgão de controle, tem premiado iniciativas que tornam o sistema mais eficiente. “Temos hoje diversas entidades que estão estimulando as boas práticas. Se a prestação jurisdicional está sendo discutida por não ser ágil e eficiente, porque não podemos discutir a agilidade dos procedimentos aduaneiros, que estão diretamente ligados ao desempenho da economia do País”, questionou.
O coordenador nacional, deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB/PR), também destacou a importância da realização do seminário internacional. Ele acrescentou que vários setores do Executivo estão dispostos a debater propostas de melhorias para o setor e que a CNI terá um papel importante nessa discussão. $