Correio Braziliense - 2 de fevereiro 2012
Diante da pressão do funcionalismo público, o governo está cada vez mais perdido. Depois da morte do secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Duvanier Paiva Ferreira, vítima de infarto no último dia 19, a ministra Miriam Belchior ainda não encontrou um nome para substituí-lo nas negociações com os sindicatos. Os servidores temem que as promessas feitas por Duvanier não sejam cumpridas por quem for escolhido.
O Correio apurou que os nomes mais cotados para o lugar do secretário são Denise Motta Dau, ex-dirigente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e atual diretora do Departamento de Gestão e da Regulação do Trabalho em Saúde (Degerts), do Ministério da Saúde, e José Lopez Feijóo, ex-vice-presidente da CUT e atual assessor do secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho. As centrais sindicais também pressionam Miriam para chamar de volta Sérgio Mendonça, que foi secretário de Recursos Humanos no governo Lula.
A demora em definir um novo interlocutor só aumenta o impasse com os servidores. Na avaliação de Antônio Augusto de Queiroz, analista político e diretor de Documentação do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar, 2012 será um ano de discussões acirradas. "Se o governo não negociar, a administração Dilma vai ficar paralisada, pois o funcionalismo fará uma greve muito forte", afirmou. (CB)